Por uma dessas incríveis coincidências, duas figuras de ponta da música brasileira, Chico Buarque e Caetano Veloso [no detalhe, a edição desse mês da revista Bravo!], estão lançando simultaneamente seus novos trabalhos.O autor de “Todo o Sentimento” edita o seu quarto romance, intitulado Leite Derramado [Companhia das Letras, 200 págs., R$ 36]. Já o compositor baiano, novamente na companhia da banda Cê, lança o CD Zie & Zie [Universal. Preço médio: R$ 30]. Com isso, todos os holofotes voltam-se para ambos.
E toda essa “atenção” dispensada pela mídia a Chico e Caetano acaba chateando a uns e outros. Bobagem. Levando em conta a contribuição dos dois artistas para a cultura desse país, é absolutamente natural que qualquer movimento deles desperte a atenção do público e da imprensa.
Não é o caso de citar nomes, mas muita gente boa surgiu depois deles. Entretanto, a posição que Chico Buarque e Caetano Veloso ocupam na MPB é indiscutivelmente singular. O mesmo vale para Antônio Carlos Jobim, Roberto Carlos, etc. E, vamos combinar: eles ainda não foram superados.
A (boa) matéria de João Gabriel de Lima na Bravo!, aliás, sentencia: “Não existem mais artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso – os ícones de geração, os compositores que são chamados a opinar sobre todos os assuntos”.
Fim de papo.
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Cá para nós: quem mais a Bravo! deveria colocar na capa? Marcelo D2 e Seu Jorge?