“No final das contas, Singular deixa melhor impressão do que o seu antecessor, o pouco inspirado Long Play (2007)”
(“Lulu Santos: a velha paixão pelo samba”)
Editado em 2007, o último álbum de inéditas de Lulu Santos, Long Play [no detalhe, a capa], passou em brancas nuvens [leia a resenha clicando aqui].
A faixa de maior destaque foi a releitura de “Deixe Isso para Lá”, eternizada na voz de Jair Rodrigues, que integrou a trilha sonora da novela Sete Pecados.
Mesmo assim, há uma faixa de Long Play que traz um... er, lampejo do autor de “A Cura”: a pop “Contatos”.
O curioso é que, na primeira vez em que ouvi essa canção, lembrei imediatamente de “Futuros Amantes”, obra-prima de Chico Buarque. Em um determinado momento, as letras das duas canções parecem querer dizer a mesma coisa.
Como se determinadas manifestações românticas, através de cartas ou e-mails, chegassem ao conhecimento de gerações posteriores – e, surpreendentemente, não fossem consideradas... digamos, “obsoletas”. Talvez pelo fato de que os sentimentos são, na verdade... atemporais.
Ou seja, hoje, as pessoas se querem bem exatamente como acontecia nos anos 30. E daqui a 50 anos continuará sendo da mesma forma.
Observe:
“Imagine que, no futuro, as pessoas vão ler sobre nós
E vão se admirar com o jeito que a gente arrumou
Para não deixar de se amar.”
Para saber mais sobre “Futuros Amantes”, clique aqui.
Ouça “Contatos”: