domingo, maio 27, 2007

International Magazine: edição de maio/2007

Esses são os os destaques da edição de maio do jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE:


  • tudo sobre o insperado Acústico MTV, de Lobão. Por Tom Neto.
(...) "Como não poderia deixar de ser, a polêmica começou muito antes do lançamento do álbum. Tão logo foi feito o anúncio de que Lobão sentaria no banquinho da emissora paulistana, muitos estranharam a decisão do músico. E a imprensa, claro, não perdeu a piada - classificando-o até como um... 'cordeiro'.

"O grande questionamento era: depois de tanto vociferar contra a ditadura estética do jabá imposta às rádios pelas grandes gravadoras e afirmar que certos artistas usam o acústico como um "desfibrilador" (para ressuscitar suas carreiras moribundas), o artista agora "se rende às corporações"? Mas o pior é que ele tem dois álibis." (...)


  • os 40 anos de Sgt. Pepper's. Por Gustavo Montenegro;

  • dose dupla de Caetano Veloso: a cobertura do show (por Rodrigo Sabatinelli) e a resenha sobre o box Quarenta Caetanos - Vol .II - 74 e 85 (por Luiz Felipe Carneiro);

  • entrevista exclusiva com Rodrigo Santos, baixista do Barão Vermelho, falando sobre o seu primeiro CD solo. Por Elias Nogueira;



E outros artigos meus:

  • CD Sky Blue Sky, do Wilco:
(...) "A banda americana era um dos expoentes do chamado "country alternativo" - que se convencionou chamar de alt.country -, marcado pela adição de dissonâncias e efeitos até então incomuns ao gênero. Só que, dessa vez, a proposta é outra.

"Distante do experimentalismo do ótimo Yankee Hotel Foxtrot (2002), o grupo do vocalista Jeff Tweedy cometeu um disco bucólico, setentista, de canções propriamente ditas, embaladas em arranjos agridoces. Ou seja, o grupo fez um retorno às suas origens campestres." (...)

  • CD Favourite Worst Nightmare, dos Arctic Monkeys:
"Com seu primeiro álbum, os Arctic Monkeys provaram a eficácia de um hype de Internet nos dias de hoje: no ano passado, venderam mais de um milhão de cópias de Whatever People Say I Am, That's What I'm Not apenas na Grã-Bretanha - sendo as 364 mil logo na semana de lançamento (!) -, totalizando 2,1 milhões de cópias no mundo inteiro. Foi o álbum de estréia mais vendido do mercado fonográfico britânico em toda a história.

"Só que um estouro dessas proporções gera, inevitavelmente, um efeito colateral: a pressão sobre o trabalho seguinte. Na Inglaterra, o comentário é que, esse era "o mais aguardado segundo álbum" em dez anos." (...)

  • CD e DVD No Maracanã - Multishow ao Vivo, de Ivete Sangalo:
"Meses atrás, uma revista de cultura pop - ou contracultura, como eles preferem - teve a coragem de fazer uma matéria de capa com Ivete Sangalo. Os protestos nos fóruns de discussão na Internet foram imediatos. Mas o fato é que a publicação merece as congratulações. Sim, porque - mesmo que alguns não queiram - a cantora é notícia. E notícia não se escolhe - se .

E convenhamos: poucas coisas são mais repugnantes do que jornalismo tendencioso e/ou omisso." (...)



Leia a íntegra dessas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês.

Já nas bancas.

"E é por isso que eu bebo demais... "

CD
Back to Black (Universal)
2007 


Entre porres e vexames, Amy Winehouse convence como a nova diva da velha soul music

Ela é uma morena inglesa de apenas 23 aninhos, bonita (embora tenha perdido muito peso recentemente) e canta como a Sarah Vaughan. Ela é Amy Winehouse [que aparece na foto acima; aliás, uma bela foto] que, quatro anos após a sua estréia com Frank (um disco com acento mais jazzístico), acaba de colocar na praça seu segundo álbum, Back to Black, lançado mundialmente pela Universal.

Ao mesmo tempo classudo e visceral, Back to Black é um trabalho encharcado - e isso não é uma licença poética - de soul music. Sob uma formatação totalmente vintage, Winehouse narra, de modo dilacerado, todas as suas desventuras amorosas.

E etílicas.

A eficaz "Rehab" (single de sucesso no Velho Mundo) convence logo de cara. "Tears Dry On Their Own", a linda "Love Is a Losing Game" e "You Know I'm No Good" fariam o exigente Berry Gordy sorrir de orelha a orelha. É aquela história: a Motown, assim como a música dos Beatles, é como se, mal comparando, fosse um templo em que, volta e meia, alguém entra para acender uma vela...

Mas Amy Winehouse tem sido menos comentada pelo talento do que pelos... vexames. Se tudo isso é uma estratégia de marketing ou não, só ela sabe. Mas o fato é que a moça já coleciona uma série de... humincidentes públicos (shows cancelados, vômito no palco, etc), por conta de seu apreço pela manguaça.

O ápice do constrangimento foi Amy ter comparecido supostamente mamada ao programa de Charlotte Church, na TV britânica. A anfitriã ainda fez (ou tentou fazer) um dueto com sua convidada em "Beat It", de Michael Jackson. Entretanto, os erros cometidos por Winehouse durante a performance - e seu desempenho vocal abaixo da crítica - transformaram o duo em um espetáculo decididamente embaraçoso.

De qualquer forma, esqueça os pileques e ouça o disco. Vale a pena.




Confira o vídeo de "Beat It":

quarta-feira, maio 23, 2007

Caetano Veloso: Encontros O Globo


Dessa vez, Caetano Veloso foi o nome escolhido para mais uma edição do Encontros O Globo - Especial Música, realizada no auditório do jornal. Durante uma hora e meia, o compositor respondeu às perguntas da platéia, dos convidados e dos mediadores Hélio Eichbauer (cenógrafo de vários shows de Caetano - inclusive o atual, ), Cora Rónai (colunista do Segundo Caderno e responsável pelo suplemento Informática Etc.) e o jornalista Antônio Carlos Miguel. E também dos intenautas que enviaram suas perguntas através do site d'O Globo.

De ótimo humor, Caetano falou sobre sua falta de interesse pelos telefones celulares ("Jamais tive um"), arrancando risos do público. Opinou também sobre a presença de Gilberto Gil no Ministério da Cultura ("Somos amigos íntimos há muitos anos. E, na época, desaconselhei o Gil a ir. Porque ele estaria lá muito mais como símbolo do que por outra razão") e sobre a interdição do livro Roberto Carlos em Detalhes ("Fico incomodado com a idéia de proibição de um livro. Sobretudo um livro interessante e carinhoso como este. Tenho esperanças de que, um dia, essa decisão possa vir a ser revogada - embora eu saiba que, do ponto de vista jurídico, haja legitimidade na decisão de Roberto Carlos.")

Ao violão, explicou o seu processo de composição e cantou algumas canções, como "Outro", "Odeio", "Força Estranha" ("Não havia me dado conta de que nunca gravei essa") e "Minha Voz, Minha Vida".

Perguntei sobre dois projetos que estavam em andamento na época de lançamento do - Dezesseis Sambas e Novas Canções Sentimentais -, e ele respondeu de maneira prolixa:

- Ambos estão arquivados na minha mente. Se bem que, na verdade, eu tinha três projetos: esses dois; e um terceiro, também de rock, em que eu não apareceria. Seria um trabalho creditado a uma banda e eu ficaria escondido - até minha a voz seria gravada com distorções. Mas acabei transformando esse projeto no próprio - ainda que eu pense em fazer mais um trabalho com essa banda que me acompanha.

E prosseguiu:

- Algumas faixas que seriam incluídas em um possível álbum Dezesseis Sambas já foram utilizadas: "Musa Híbrida" foi gravada no ; "Luto" foi entregue à Gal; e "Tiranizar" [nota: registrada por Leila Pinheiro no CD Nos Horizontes do Mundo, 2005]. Já as Novas Canções Sentimentais, seriam todas inéditas e autorais, mas compostas na mesma estética desses sucessos populares que gravei e que fizerem sucesso. A única canção existente desse álbum seria essa, que fiz para o Peninha.

E emendou com "Tá Combinado".

Fui cumprimentá-lo no final, e agradeci por ele ter encerrado o evento cantando "You Don't Know Me" (do clássico Transa, 1972). Foi justamente essa música que eu havia lhe pedido.

A propósito: ninguém perguntou sobre a Luana Piovani...



Confira algumas fotos que tirei do Encontro:










Os três mediadores (da esq. para dir): Cora Rónai, Antônio Carlos Miguel e Hélio Eichbauer






sexta-feira, maio 11, 2007

O primeiro disco de Christopher Cross


E já que mencionei o também americano Christopher Cross, vale lembrar que o seu disco de estréia (lançado em 1979 e repleto de hits como "Ride Like the Wind", a ótima "Never Be the Same", "Say You'll Be Mine" e a balada "Sailing" - que certamente assegurou a sua aposentadoria) é um trabalho ganhador de cinco estatuetas do Grammy®.

Trata-se de um álbum altamente recomendável - mas somente para quem não tem preconceitos imbecis com relação ao mainstream, às FMs. Enfim, bobagens desse tipo.

(Sobretudo, porque não há comparação possível entre o que as rádios tocam hoje em dia e o que tocavam há quinze, vinte anos atrás. Mas isso é assunto para outro dia...)

Burt Bacharach: 79 anos

Foi bastante curioso escutar hoje, no rádio do carro, duas músicas que, há muito, eu não ouvia: "Best that You Can Do" e "Love is My Decision", nas vozes de Christopher Cross e Chris DeBurgh ("The Lady in Red"), respectivamente. Curioso porque ambas as canções eram temas dos filmes do Arthur, o Milionário (interpretado pelo finado ator Dudley Moore) e assinadas por ninguém menos que Burt Bacharach [foto].

E o brilhante maestro norte-americano (autor de clássicos pop como "I Say I Little Prayer", "Close to You" e "I'll Never Fall in Love Again", entre muitos outros) continua na ativa: editou um bom álbum de inéditas, At This Time, no ano passado. E, justamente amanhã, completa 79 anos de idade.

Vida longa ao mestre.

segunda-feira, maio 07, 2007

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Rockin' in the Free World’, de Neil Young


Uma amostra grátis do que é o verdadeiro rock'n'roll: "Rockin' in the Free World", cortesia do grande bardo canadense Neil Young [que aparece na foto ao lado de um fã para lá de ilustre...].

Esse petardo foi lançado originalmente no álbum Freedom (1989), tendo sido regravado pelo Pearl Jam, The Offspring e até... Bon Jovi (!), entre outros.




 

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Tender’, do Blur


Nunca é inoportuno relembrar essa verdadeira pérola do Blur. Faixa do álbum 13 (1999), "Tender" é um primor de canção - cujo arranjo conta com a insólita presença de um coral gospel.

Se você nunca entendeu muito bem por que Noel e Liam Gallagher tinham tanto ódio de Damon Albarn [foto], talvez você descubra o motivo assistindo a esse video. Entretanto - que eu me lembre, pensando assim rapidamente -, acho que os irmãos nunca gravaram algo tão ambicioso...





quinta-feira, maio 03, 2007

Wilco: "Sky Blue Sky"

Viajei para MG no feriadão de 1º de maio e levei comigo o bucólico CD Sky Blue Sky, do Wilco [foto]. E devo dizer que olhar as montanhas das Alterosas ouvindo esse álbum foi uma experiência... enriquecedora.

Desde a tocante "Either Way" (a primeira música do disco), até "On and on and on" (uma típica balada de John Lennon, que finaliza os trabalhos), passando pela linda faixa-título, Sky Blue Sky oferece 12 faixas de grande beleza e suavidade, que podem ser ouvidas sem pular uma sequer.

Essa afirmativa até pode soar precipitada, mas - até o prezado momento - esse é, na minha opinião, o disco internacional de 2007.


With a sky blue sky
This rotten time

Wouldn’t seem so bad to me now.
Oh, I didn’t die
I should be satisfied
I survived
That's good enough for now.



Leia a resenha de Sky Blue Sky na próxima edição do IM - INTERNATIONAL MAGAZINE. Nas bancas em 15/05.

Da série ‘Frases’: Caetano Veloso

Pode parecer estranho eu citar Caetano Veloso [em foto de Thony Barboza], depois da crítica dura que escrevi sobre - aliás, não faltou quem dissesse que "peguei pesado" naquela resenha.

Entretanto, o fato de eu não ter gostado do mais recente álbum do compositor baiano não fez com que eu perdesse o respeito pela sua (inconstestável) trajetória.




Marcha o homem sobre o chão
leva no coração uma ferida acesa...


("Luz do Sol", 1982, tema do filme Índia)

Mojo Books: "Revolver"

No artigo que escrvei sobre o site Mojo Books no IM de abril, mencionei que o livro inspirado no Revolver [foto], dos Beatles, já havia esgotado.

Mas não precisa ficar triste. Vamos cometer mais uma pequena "trangressão": clicando aqui, você pode fazer o download desse e-book (em formato *.PDF), com capa e tudo, OK?