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sexta-feira, maio 30, 2014

Em seu sexto álbum, Coldplay ressurge plácido e levemente eletrônico



CD
Ghost Stories (Warner)
2014



Três anos após Xylo Myloto, o Coldplay ressurge com Ghost Stories, seu sexto álbum de inéditas. Nesse intervalo, o quarteto inglês editou a (bem-sucedida) dobradinha CD/DVD Live 2012.

Se o disco anterior soava “grandiloquente”, na bolacha recém-lançada a banda aparece plácida e levemente eletrônica. E emociona em canções altamente melódicas e de letras pungentes como “Ink”, “True Love”, “Always In My Head” e a melancólica “O”, que finaliza os trabalhos. Nas etéreas “Another’s Arms” e “Midnight”, paira a influência de Brian Eno, um dos maiores expoentes da ambient music, produtor de Viva La Vida or Death And All His Friends [2008], antecessor do supracitado Xylo Myloto.

Essa introspecção, por sinal, tem nome e sobrenome: Gwyneth Paltrow. Depois de onze anos de casamento e dois filhos, o vocalista Chris Martin e a atriz americana decidiram se separar. E Martin não escondeu que o desenlace influiu decisivamente na concepção do CD. A capa, inclusive, mostra um par de asas quebradas. Mas também pode sugerir a imagem de um coração partido.

O ponto alto do álbum, disparado, é a irresistível “Magic”, já em alta rotação nas FMs. Destaque também para a mais “animada” do álbum, “A Sky Full Of Stars”, a despeito da batida house um tanto datada. Nada, entretanto, que ofusque o seu brilho — ou que um bom remix não resolva. 

Graças à astúcia do Coldplay, o outonal Ghost Stories já chega “familiarizado” aos ouvintes pelas quatro (!) faixas de trabalho já lançadas — ou seja, quase metade das nove canções que formam o disco. Independentemente das estratégias de marketing, trata-se de um bom álbum, que certamente fará muito sucesso. Contudo, não supera o já mencionado Viva La Vida or Death And All His Friends, no qual Martin e companhia deram uma guinada de 180º, trocando as baladas-pop-ao-piano por arranjos mais ambiciosos.



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O que o Coldplay conseguiu em “A Sky Full Of Stars”, terceiro single de Ghost Stories, é digno de registro. Apesar do equivocado arranjo house, poucas faixas dançantes conseguiram, ao mesmo tempo, ser tão tocantes como essa:


Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Magic’, do Coldplay



Altamente infecciosa, “Magic”, primeiro single de Ghost Stories, sexto álbum de estúdio do Coldplay, é o tipo de canção que provavelmente ninguém consegue ouvir apenas uma vez. Afinal, é “amor à primeira audição”.

Com um suave — e convincente — balanço soul (de branco) e bons falsetes do vocalista Chris Martin, a faixa não soaria deslocada em um disco de George Michael, por exemplo. E, além de honrar a tradição britânica de impecáveis melodias pop, já entrou irremediável e instantaneamente para a galeria de hits do quarteto. 



Veja o vídeo oficial de “Magic”, uma singela homenagem ao cinema mudo:


Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Paradise’, do Coldplay


A estupenda “Paradise” foi a faixa de maior sucesso de Xylo Myloto [no detalhe, a capa], de 2011, quinto álbum do Coldplay. E, embora a letra não seja nada do outro mundo, esse é o tipo de canção que precisa ser ouvida com fones de ouvido — para que todas as minúcias de sua gravação sejam percebidas.

Ao longo dos quatro minutos e meio de duração da faixa, o arranjo passeia, com naturalidade, entre dois extremos. Entre o piano de cauda e os teclados “grandiosos”, típicos do rock progressivo. Entre sequenciadores e música de câmara. Entre vocais delicados e de arena. Entre o minimalismo e o épico — culminando em um refrão simples, porém... arrebatador. Chega a comover — de tão engenhoso.

Paradise”, decididamente, corrobora a lição que os Beatles nos deixaram lá atrás: que a música pop pode, sim, ser uma forma de arte.




Veja o vídeo oficial de “Paradise”. E observem a sua exuberante fotografia:


terça-feira, junho 28, 2011

‘Major Minus’ e ‘Moving To Mars’: mais duas inéditas do Coldplay



Após “Every Teardrop Is A Waterfall”, o Coldplay [foto] solta mais duas inéditas: “Major Minus” e — a melhor faixa da “nova safra” da banda inglesa — “Moving To Mars”.

As três integram o EP Every Teardrop Is A Waterfall, já disponível tanto para download pago quanto em formato físico. Contudo, não há nenhuma informação sobre a inclusão das mesmas no próximo CD do grupo, ainda sem título, tampouco sobre a data de lançamento da bolacha.



Ouça “Major Minus...




...e “Moving To Mars:

sexta-feira, junho 17, 2011

‘Every Teardrop Is a Waterfall’: o novo single do Coldplay


Após vários teasers postados na sua página do Twitter, o Coldplay [foto] finalmente editou, no dia 03 de junho, o seu novo single. “Every Teardrop Is a Waterfall” [no detalhe, a capa], contudo, está disponível apenas para download digital.

A banda atribuiu o lançamento da canção aos “festivais de verão” dos quais participará este ano — e isso, obviamente, inclui o Rock In Rio, que será realizado em setembro. No entanto, não há nenhuma confirmação de que a faixa fará parte do sucessor de seu mais recente álbum de inéditas, Viva La Vida or Death And All His Friends (2008) — disparado, o melhor título da discografia do quarteto. 

As informações mais recentes davam conta de que o novo CD do grupo, ainda sem título, está sendo pilotado por Brian Eno e Marcos Dravs, a mesma dupla que produziu o supracitado Viva La Vida. E, segundo o vocalista Chris Martin, será “mais acústico” do que o trabalho anterior.

O esteta Brian Eno, ex-Roxy Music, produziu também seis álbuns do U2 — com destaque para os três que revolucionaram o som de Bono & cia.: The Unforgettable Fire (1984), The Joshua Tree (1987) e Acthung Baby (1991). Eno também é o criador das chamadas Estratégias Oblíquas, uma série de cartas publicadas em 1975, com o intuito de auxiliar a sair de “becos sem sáida”, bloqueios criativos, etc.

O próprio Coldplay confessou ter usado estas cartas durante as gravações de Viva la Vida.


***


Logo após “Every Teardrop Is a Waterfall” ter sido lançada, o Coldplay foi acusado de ter plagiado a melodia de “Ritmo de la Noche”, do grupo belga Mystic, de 1990.

A banda se defendeu afirmando que tem permissão para usar a melodia de “I Go to Rio”, de Adrienne Anderson e Peter Allen — e gravada por este, em 1976. E o porta-voz do quarteto lembra que, em seu site oficial, há a informação de que “‘Every Teardrop Is a Waterfall’ contém elementos de ‘I Go to Rio’”. 

E a supracitada “Ritmo de la Noche” foi inspirada justamente em... “I Go to Rio”.

Ironicamente, esta é a segunda vez que o Coldplay recebe esse tipo de acusação: a primeira foi quando o guitarrista Joe Satriani processou a banda por plágio da sua “If I Could Fly”, de 2004, justamente em... “Viva La Vida”, a canção. Entretanto, as partes chegaram a um acordo extrajudicial — que jamais foi divulgado — e a ação foi encerrada.




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Veja o vídeo de “Every Teardrop Is a Waterfall:

 

Da série São Bonitas as Canções: ‘Violet Hill’, do Coldplay

Violet Hill” foi o primeiro single [no detalhe, a capade Viva la Vida or Death And All His Friends . É considerada a primeira canção antibélica do Coldplay — embora o sentido da letra seja mais amplo do que apenas protestar contra a guerra...

Detalhe: no final do clipe, ao se jogar de costas sobre a neve, Chris Martin homenageia a famosa cena do filme Help!, dos Beatles, em que Paul, John, George e Ringo fazem a mesma coisa. E, de fato, “Violet Hill” soa bem Fab Four...


Da série ‘Frases’: Coldplay



Those who are dead are not dead,
They're just living in my head. (...)

Time is so short
And I'm sure,
There must be something more.


(“Aqueles que estão mortos não estão mortos —
estão vivos em minha mente. (...)

O tempo é tão curto
E eu tenho certeza
de que deve haver algo mais”)


(“42”, CD Viva la Vida or Death And All His Friends, 2008, Berryman — Buckland — Champion — Martin)


 

quarta-feira, junho 10, 2009

Coldplay: 3,5 milhões de downloads


Rindo à toa, o Coldplay [no detalhe] colhe os frutos do sucesso do álbum Viva La Vida Or Death And All His Friends. A turnê que promove o CD acaba de gerar, inclusive, um disco ao vivo.

Left Right Left Right Left, gravado em várias apresentaçãoes do Coldplay ao redor do planeta, foi disponibilizado gratuitamente no site oficial do grupo inglês. E, segundo o próprio Chris Martin declarou no Twitter, o álbum já alcançou a respeitável marca de 3,5 milhões (!) de downloads.

Leia a resenha de Left Right Left Right Left na edição nº 150 (!) do jornal IM International Magazine, que chega às bancas esse mês.

sábado, abril 18, 2009

Coldplay: variações sobre o mesmo tema


EP
Prospekt's March (EMI, importado)
2008


Para colecionadores

Lançado pelo Coldplay no final no ano passado em EP – no exterior, visto que o formato não vinga por aqui* -, Prospekt's March [no detalhe] poderia ser classificado como um... er, complemento de Viva la Vida or Death and All his Friends, o mais recente álbum da banda inglesa.

Das oito faixas, entretanto, apenas cinco são inéditas, que não ficaram prontas a tempo de entrar em Viva la Vida. São elas: a dobradinha “Prospekt's March / Poppyfields”, “Now My Feet Won't Touch the Ground”, “Rainy Day”, a delicada vinheta instrumental “Postcards from Far Away” e “Glass of Water”. O restante é formado por versões revistas e/ou atualizadas de faixas que já faziam parte de Viva la Vida, como a bela “Lovers In Japan”, aqui apresentada em um remix intitulado Osaka San.

Lost+” é RIGOROSAMENTE a mesma gravação já lançada, apenas com a participação do rapper americano Jay-Z – que, aliás, nem acrescenta grandes coisas... Já “Life in Technicolor”, instrumental que abria Viva la Vida, ressurge acrescida de letra e vocais – e se beneficia bastante disso. Não por acaso, atende agora pelo título de “Life in Technicolor II”.

Prospekt's March, como item de colecionador, é imprescindível para os fãs do Coldplay. No Brasil, é possível encontrá-lo, como CD bônus da versão deluxe de Viva la Vida or Death and All his Friends.



* O EP - o mesmo vale para o single - não consegue se estabelecer no Brasil em função da ganância dos grandes lojistas. Simples assim. Todas as vezes em que as gravadoras tentaram consolidar os dois formatos no mercado nacional, era comum encontrá-los nas lojas de departamentos no mesmo preço dos CDs “cheios”. Ou seja, os cretinos não percebem a “filosofia” do single (assim como a do EP): permitir que o ouvinte compre uma única música que goste – sem a obrigatoriedade de adquirir o álbum completo – usando as moedas do troco do almoço. No hemisfério norte, é assim que funciona....



Veja os vídeos de “Life in Technicolor II”...




...e “Lost+”, com a participação de Jay-Z:

Coldplay: entrevista


Ainda sobre Coldplay [veja cinco posts abaixo]: para ser um astro pop, não é necessário apenas editar bons álbuns e realizar grandes turnês. Não. É essencial saber lidar com a imprensa, concedendo entrevistas que fujam do lugar-comum. E Chris Martin [no detalhe] parece estar ciente disso.

No ano passado, o vocalista do Coldplay concedeu impagável entrevista à revista Rolling Stone. Confira alguns trechos:


Eu cresci tendo a perspectiva de céu e inferno como algo fortemente iminente (...). Passei um ano pensando que seria castigado se cantasse ‘Sympathy for the Devil’.


Bom, eu era pirado nuns peitos. Vamos admitir: é demais.”
(sobre heterossexualidade)


A primeira vez em que cantei em público foi em um show na escola, quando eu tinha 11 anos (...). Lembro de duas meninas que vieram falar comigo depois e disseram: ‘Ouvimos você cantar’. Aí elas riram e saíram correndo, como se estivessem dizendo ‘foi uma merda’. E, desde então, minha vida inteira tem sido a repetição desse dia.


Eu desisti de cantar por um tempo. Aí, uns amigos queriam tocar ‘Sweet Child O'Mine’ [do Guns n'Roses] em um show na escola (...). No final, um tal de Tom [nota do blog: não tenho nada a ver com isso...] me disse: ‘Chris, será que você pode imitar menos a Tina Turner?’.


Eu pensava mais ou menos assim: ‘Preciso ser um rock star, porque não é nada bom ser o cara de quem todo mundo gosta, mas que não come ninguém. Eu não quero ser a pessoa que diverte os outros antes de todo mundo sair para trepar. Quero ser o cara que come todo mundo’.


Mas é amor. Se entregue. Pense em Romeu e Julieta ou em pessoas com casamentos realmente complicados – pessoas em países diferentes, de raças diferentes, primos. Muitas pessoas vivem situações desafiadoras.
(sobre estar casado com uma estrela de Hollywood, a atriz Gwyneth Paltrow)


Eu ainda daria minha bola esquerda para compor algo tão bom quanto OK Computer. Acertaria ser eunuco só por ‘Paranoid Android’.
(sobre a admiração pelo Radiohead)


Idolataramos o R.E.M. (...). Destrinchamos Automatic for the People, disco que ainda não plagiamos, mas estamos prestes a plagiar.

quinta-feira, março 05, 2009

‘Viva La Vida’: a música de 2008

Tenho plena consciência de que um post retrospectivo como este deveria ter sido escrito, no máximo, até o último dia de janeiro.

Todavia, devemos considerar - com algum cinismo, reconheço - que, por causa da porcaria do Carnaval, fevereiro é um mês “morto”. Sendo assim, esse post está atrasado apenas uns... er, cinco dias...




O quarto álbum do Coldplay [no detalhe], Viva La Vida Or Death And All His Friends, coincidentemente (ou não), foi produzido pelo mesmo Brian Eno, ex-Roxy Music, que produziu o quarto álbum do U2, The Unforgettable Fire. E, se The Unforgettable Fire representou um divisor de águas na carreira da banda irlandesa, a mesma importância pode ser aplicada a Viva La Vida na trajetória do grupo de Chris Martin.


A ousadia do Coldplay já começou no projeto gráfico [à direita], que reproduzia A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix. O fato de retratar a Revolução Francesa na capa do disco tinha um propósito claro: o quarteto ambicionava revolucionar a si próprio.

Contudo, parte do êxito da empreitada deve ser creditado ao esteta Eno, cujos arranjos alargaram os horizontes do Coldplay para muito além das baladinhas-ao-piano que os tornaram famosos.

Entretanto, apesar de bons momentos como “Lost!”, “Cemeteries Of London”, “42” e “Violet Hill”, nenhuma outra faixa do álbum revelou-se tão contundente quanto “Viva La Vida”, meio-título do disco.

Em um tom épico, Chris Martin canta uma belíssima letra que se utiliza de metáforas medievais para falar de... desilusão. A despeito das chamadas “verbas promocionais” das gravadoras – leia-se “jabá” -, a canção arrebatou FMs em todo o planeta. Há muito tempo o dial não era habitado por algo tão... substancial.

Não por acaso, “Viva La Vida” foi agraciada na edição 2009 do Grammy, na categoria “Música do Ano”. Ironicamente, perdeu no quesito “Gravação do Ano” para a bela “Please Read The Letter”, da dupla Robert Plant e Alison Krauss. Mas não importa. De fato e de direito, “Viva La Vida” foi a melhor música de 2008.



Saiba mais sobre “Viva La Vida” aqui.

domingo, agosto 24, 2008

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Viva La Vida’, do Coldplay


Considerando a atual pasmaceira das FMs, é um alento quando ligamos o rádio e constatamos o sucesso de uma canção verdadeiramente boa. Refiro-me a “Viva La Vida”, que integra Viva La Vida Or Death And All His Friends, quarto álbum do Coldplay. A faixa está estourada – e, até onde sei, não somente aqui no Brasil. E com toda a justiça.

A influência do U2, que jamais foi negada pela banda, é perceptível até mesmo no registro vocal de Chris Martin. Mas, colocando isso de lado, o arranjo – cortesia de Brian Eno, que produziu o disco – de “Viva La Vida” é excelente. E a letra, então...

Os versos se assemelham a um conto medieval, com imagens muito bem engendradas. Contudo, um olhar mais atento logo percebe que Martin se utilizou dessas metáforas para falar de abandono e desilusão (“Quando você se foi...”).


Confira o original da letra...


Viva la Vida
(Berryman/Buckland/Champion/Martin)

I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word.
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own.

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes.
Listen as the crowd would sing:
"Now the old king is dead! Long live the king!"

One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand.

I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing.
Be my mirror, my sword and shield
My missionary in a foreign field.
For some reason I can't explain
Once you'd gone there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world.

It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become.

Revolutionaries wait
For my head on a silver plate.
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?

I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing.
Be my mirror my sword and shield
My missionary in a foreign field.
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name.
Never an honest word...

But that was when I ruled the world.


...e a sua respectiva tradução:




Viva La Vida
(Tradução)

Eu costumava reger o mundo
Mares se agitavam ao meu comando.
Agora, pela manhã, me arrasto sozinho
Varrendo as ruas em que costumava mandar.

Eu costumava jogar os dados -
Sentia o medo no olhos dos meus inimigos.
Ouvia como o povo cantava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"

Por um minuto, segurei a chave
Próximo as paredes que se fechavam pra mim.
E percebi que meu castelo estava erguido
Sobre pilares de sal e pilares de areia.

Ouço os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da Cavalaria Romana cantando.
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Minha missionária em uma terra estrangeira.
Por um motivo que eu não sei explicar
Quando você se foi, não havia
Não havia uma palavra honesta -
Era assim, quando eu regia o mundo.

Foi o terrível e selvagem vento
Que derrubou as portas para que eu entrasse.
Janelas destruídas e o som de tambores
O povo não poderia acreditar no que me tornei.

Revolucionários esperam
Pela minha cabeça em uma bandeja de prata.
Apenas uma marionete em uma solitária corda -
Ah, quem realmente ia querer ser rei?

Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da Cavalaria Romana cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Minha missionária em uma terra estrangeira.

Por um motivo que eu não sei explicar
Sei que São Pedro não chamará meu nome.
Nunca uma palavra honesta...

Mas isso era quando eu regia o mundo.