quinta-feira, janeiro 31, 2008

“Carnaval, desengano...”

Venho informar aos meus (como diria o grande Artur Dapieve) 17 leitores que, nesse período de... ahn, “folia”, esse blog dará uma parada de uns dez dias.

E, em “homenagem” ao Carnaval - o qual, decididamente, detesto* -, recorro ao Ministro Gilberto Gil (ficou ótima essa charge, não?):


Nos meus retiros espirituais,
Descubro certas coisas tão banais:
Como ter problemas ser o mesmo que não.

Resolver tê-los é ter;
Resolver ignorá-los é ter.

Você há de achar gozado

Ter que resolver de ambos os lados

De minha equação...


Que gente maluca tem que resolver.


(“Retiros Espirituais”, CD Refazenda, 1975)


Não que eu esteja indo propriamente para um “retiro espiritual”. Mas é quase isso...

Até a volta, pessoal.


* O fato de detestar Carnaval não significa que eu necessariamente abomine samba. Muito pelo contrário: impossível não admirar nomes como Paulinho da Viola, Cartola, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e outros que tais. Se bem que sambas-enredo (salvo exceções) são, na maioria, deploráveis também... Em tempo: o título desse post cita “Sonho de um Carnaval”, faixa do primeiro álbum de Chico Buarque (de 1966)

International Magazine: edição de dezembro/2007


Em função da semana de Natal e Ano Novo, o IM - INTERNATIONAL MAGAZINE de dezembro, chegou às bancas somente na primeira semana de janeiro. E somente agora - vejam só: no final do mês - venho trazer os destaques dessa edição (sério, esse blog está virando uma casa-da-Mãe-Joana). Bem, vamos a eles:


  • entrevista exclusiva com Fernanda Takai. A cantora do Pato Fu fala sobre Onde Brilhem os Olhos Seus, primeiro álbum solo de sua carreira, inteiramente dedicado à Nara Leão. Por Marcelo Fróes;

  • mais três entrevistas exclusivas: com a cantora Céu, por Felipe Tadeu; e com Fernando Magalhães, guitarrista do Barão Vermelho (que acaba de lançar seu primeiro disco solo, instrumental) e Jay Vaquer, ambas por Elias Nogueira;

  • tudo sobre a turnê que reúne Os Paralamas do Sucesso e os Titãs. Por Luiz Felipe Carneiro;

  • a crítica de Magic, o novo CD do Boss Bruce Springsteen. Por J. M. Santiago;

  • uma interessante matéria sobre as autobiografias de Pattie Boyd (Wonderful Tonight) e Cynthia Lennon (John), ex-esposas de Eric Clapton e John Lennon, respectivamente. Por Emílio Pacheco.

E artigos meus sobre:


  • o CD Lótus e a dobradinha CD + DVD Intimidade, de Guilherme Arantes:
“(...) Antes de qualquer coisa, é importante dimensionarmos a importância (sempre subestimada) de Arantes na música moderna brasileira: parcela significativa da consolidação da canção pop no Brasil passa pela musicalidade fluente do pianista paulistano. Guilherme jamais foi um roqueiro como seus contemporâneos (“Tenho mais ou menos a idade do Cazuza, mas jamais tive a verve, a acidez dele”, declarou, há alguns anos atrás) e, por essa razão, dedicou-se à criação de pepitas radiofônicas que acabaram construindo um nicho próprio.

Pouquíssima gente parou para pensar que muito da existência artística de nomes como Kid Abelha e Lulu Santos se deve a Guilherme Arantes. Lulu, aliás, em apresentações ao vivo, cita “Deixa Chover” ao final de sua “Tudo Com Você” há pelo menos dez anos. (...)



  • o CD Raising Sand, da dupla Robert Plant & Alison Krauss:
“(...) A bela Alison Krauss é uma cantora americana de bluegrass (gênero tradicional do sul dos EUA, espécie de “primo interiorano” do blues). Já Robert Plant... bem, esse dispensa apresentações, não? E ocorre que, a despeito de toda a expectativa envolvendo a volta do Led Zeppelin, Plant une forças a Krauss para gravar Raising Sand (Universal), que apresenta um forte sotaque “caipira” (na melhor aplicação do termo). (...)



  • o CD Diversão, do Cidade Negra:
Vindo de um álbum ao vivo (Direto, o último do contrato da banda com a gravadora Sony BMG), o Cidade Negra acaba de editar - vejam só - um outro ao vivo que poderia receber inúmeros títulos bem mais condizentes com a proposta. Contudo, o grupo parece imaginar que o público é ingênuo e, sendo assim, o CD novo - disponível também em DVD - tem o simpático título de... Diversão (EMI). (...)



  • o CD Formidável Mundo Cão, de Jay Vaquer:
“(...) Não bastasse ser dono de uma boa voz e produzir um pop rock com grande poder de captura, Jay escreve as letras mais interessantes surgidas no cenário em muito tempo. E esses fatores - a execução vocal, a fluência das canções e, claro, a narrativa - asseguram a singularidade do artista. (...)



  • as compilações Complete Clapton (Eric Clapton), Mothership (Led Zeppelin) e Dylan (Bob Dylan):
O Natal está chegando e as gravadoras - cada vez mais atordoadas diante da verdadeira orgia que se tornou o download ilegal de mp3 - escolhem o caminho mais óbvio para tentar assegurar o panetone: os discos com “grandes sucessos”. Com isso, chegam ao mercado compilações de uma tríade de dinossauros: Eric Clapton (Complete Clapton, Universal), Led Zeppelin (Mothership, Warner) e Bob Dylan (Dylan, Sony BMG). Via de regra, coletâneas foram feitas somente para aqueles que são verdadeiros neófitos na obra de um determinado artista. Mas também existem exceções. (...)


Leia a íntegra dessas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês. Já nas bancas.

domingo, janeiro 27, 2008

R.I.P. Heath Ledger

Lamentável a morte do ator Heath Ledger [foto], o Coringa do filme Batman: O Cavaleiro das Trevas (que entrará em cartaz em junho desse ano). E a tragédia acontece em um momento em que o australiano daria um enorme upgrade em sua carreira. Ou alguém duvida da visibilidade mundial que ele teria em função do novo filme do Homem-Morcego?

Realmente uma pena.

‘...em outdoors pela avenida...’

Recebi um curioso scrap no Orkut (o qual, ao responder, estupidamente apaguei por acidente), que dizia assim:

Tom, olhando essa tua foto nova, lembrei daquela música dos Paralamas:

‘Te mando beijos em outdoors pela avenida -
Você, sempre tão distraída...

Passa e não vê.’

Bom domingo!


Bem, não era a minha intenção citar essa canção quando fiz a tal montagem com a foto. Mas, na boa, achei bem simpática a analogia...


(Em tempo: essa faixa - da qual, aliás, gosto bastante - chama-se “Seguindo Estrelas” e está no CD Longo Caminho, 2002, d'Os Paralamas do Sucesso.)


Você não imaginam como é difícil encontrar fotos de outdoors na net...

sábado, janeiro 26, 2008

'Memory Almost Full', Paul McCartney

Não posso, contudo, deixar de mencionar o ótimo Memory Almost Full, de Paul McCartney [foto], também lançado no ano passado.

A despeito de ter visto o seu divórcio se transformar em uma polêmica planetária, o ex-Beatle, aos 65 anos de idade, não mostrou nenhum sinal de cansaço em faixas como “Only Mama Knows”, “Nod Your Head” e a inusitada “Mrs. Bellamy”), cometendo simplesmente um discaço. Destaque também para a épica “House Of Wax”, o pop perfeito de “Ever Present Past” e “See No Sunshine”, além da tocante “The End Of The End”. Macca ainda deu-se ao luxo de criar um medley no melhor estilo Abbey Road: “Vintage Clothes/Feet In The Clouds/That Was Me”.

Mas, francamente, eu não colocaria Memory Almost Full em nenhuma dessas listas de melhores do ano. Pelos seus inestimáveis serviços prestados à música pop mundial, esse cidadão, para mim, é hors-concours.


Veja aqui os vídeos de “Dance Tonight”...




...e “Ever Present Past” (não é possível: a piscina da casa desse cara deve ser de formol):

Wilco: disco do ano


Até que o ano de 2007 foi um ano de bons lançamentos musicais. No exterior, tivemos os novos do Queens Of The Stone Age (Era Vulgaris), Robert Plant e Alison Krausse (Raising Sand), Amy Winehouse (Back To Black), além do surpreendente Sound Of Silver, do LCD Soundsytem. Aqui no Brasil, entre outros, os ótimos CDs da série Acústico MTV de Lobão e Paulinho da Viola [ver post anterior].

Mas, deixando de lado a análise puramente crítica, não posso deixar de destacar aquele que foi o meu “disco do ano”: o estupendo Sky Blue Sky, do Wilco [no detalhe].

Se você gosta de timbres típicos dos anos 70 (aquele som bem analógico) e acha que atualmente ninguém mais faz melodias “como antigamente”, prepare-se para adorar esse álbum. A boa impressão já começa na primeira faixa, a ótima “Either Way” - ainda o que, na verdade, o álbum em si não “capture” o ouvinte na primeira audição. Após a terceira, no entanto...

A delicada faixa-título fala de “sobrevivência” e exala esperança - mas é tão melancólica, tão melancólica... que é capaz de levar até um homem às lágrimas. Outros bons momentos são a longa e hipnótica “Impossible Germany” (com suas ótimas guitarras), “Side With The Seeds” e “On And On And On”, que fecha os trabalhos.

Sky Blue Sky tornou-se, de imediato, um daqueles CDs que sempre levo em minhas longas viagens de carro, ao lado de títulos de Bruce Springsteen, Neil Young, Bread e outros. Um clássico instantâneo. Recomendo até aos meus desafetos - se é que os tenho.


Veja aqui os vídeos de “Sky Blue Sky”...




…e “Impossible Germany”:

Paulinho da Viola: velha intimidade


Com seu Acústico MTV, Paulinho da Viola realiza um dos melhores trabalhos de 2007

Ainda que todos considerem a série Acústico MTV um formato esgotado, eis que a emissora paulistana tira um belo coelho da cartola, com o lançamento - em CD e DVD, como é de praxe - do título dedicado a Paulinho da Viola, via Sony & BMG.

A bem da verdade, um Acústico de Paulinho tem um quê de redundância, visto que a música de Paulinho jamais foi elétrica. Mas o projeto serve para jogar luz e dar visibilidade a esse que, sem dúvida, é um mestre do samba.

Com a elegância de sempre, Paulinho da Viola apresenta um repertório muito bem escolhido, com sucessos como “Eu Canto Samba”, a politizada “Sinal Fechado” (que fala, de modo cifrado, do silêncio imposto ao país pela ditadura militar), “Coração Leviano”, “Argumento”, “Dança da Solidão” e outros. Entre as inéditas, destaque para “Talismã”, parceria de Paulinho com Marisa Monte e Arnaldo Antunes, que já nasceu clássica.

Seguindo o mesmo raciocínio, seria interessante que a MTV realizasse, com toda pompa e circunstância a que tem direito, um Acústico (sem ironia) com ninguém menos que o papa da bossa nova, João Gilberto.

Crie o seu... er, avatar dos Simpsons. Pronto, falei.

Momento besteirol do nosso blog. Uma dica para quando você estiver sem nada para fazer - desde que você goste dos Simpsons, é claro [no detalhe, a... digamos, "ternura" de Homer para com Bart]: o site oficial do longa-metragem (que entrou em cartaz no segundo semestre do ano passado) oferece a possibilidade de o internauta fazer o seu próprio avatar da família amarela mais famosa do mundo, à sua imagem e semelhança. Até eu, em um (raro) momento de ócio, acabei fazendo o meu.

De modo que, se eu tivesse nascido em Springfield, seria mais ou menos assim:


sábado, janeiro 19, 2008

Dois trechos do livro ‘Fora do Tom’, de Sting


...foram-me particularmente marcantes. São eles:

E me dou conta, talvez pela primeira vez, que o amor nunca é desperdiçado. O amor pode ser negado ou ignorado, ou até deturpado, mas ele não desaparece: apenas troca de forma, até que estejamos conscientemente prontos a aceitar seu mistério e poder. Isso pode levar um momento ou uma eternidade, e não há insignificâncias na eternidade.”

Talvez seja a escassez de vocabulário a raiz do problema. 'Amor' parece uma palavra tão profundamente inadequada para um conceito com tantos matizes, formas e graus de intensidade complexos. Se os inuítes [nota do blog: esquimós] têm vinte palavras para o conceito de neve, talvez seja porque vivem num lugar onde as diferenças entre cada tipo de neve são de vital importância para eles, e as minúcias de seu vocabulário específico refletem essa importância central. No entanto nós, que despendemos enormes quantidades de nosso tempo, energia e engenhosidade pensando no amor, sendo amados, amando, desejando amar, vivendo por amor, até mesmo morrendo por amor, não contamos com nada além dessa palavra pobre e problemática que é tão descritiva ou eficaz quanto a palavra 'trepada' para expressar as maravilhosas e infinitas variedades do ato sexual. É mais ou menos como um habitante da cidade olhando para a floresta e estupidamente grunhindo a palavra 'árvores' para a múltipla diversidade diante de si. Há plantas ali que podem alimentá-lo, plantas que podem curá-lo e plantas que podem matá-lo, e quanto antes ele identificá-las e lhes dar nomes, mais seguro estará.”

Mas por que 'Fora do Tom'?

E por falar em livro, gostei bastante de Fora do Tom (Broken Music), autobiografia de Sting [ver sete posts abaixo]. O baixista do The Police é um cara inteligente, escreve muito bem e, como eu havia dito na resenha, poderia escrever até romances, se quisesse.

Mas você deve estar se perguntando por que esse título. Bem, é simples. Logo após ter tomado conhecimento do caso que sua mãe mantinha com um funcionário da leiteria do pai - e o decorrente apodrecimento do ambiente familiar que decorreu disso -, o ainda menino Sting, quando ia para a casa dos avós paternos, despejava todo o seu ódio “martelando” com os dedos as teclas de um velho piano da família. Sua avó, Agnes, então dizia:

- Gordon, querido, por que você não aprende realmente a tocar, em vez de ficar fazendo essa coisa 'fora do tom'?

E enquanto Jagger edita disco novo...

...sua ex-esposa, Jerry Hall [no detalhe, em uma foto deveras... , maternal] lançará um livro. Esse será o segundo escrito por ela, que foi modelo na década de 1970. Em 1985, ela escreveu o Jerry Halls's Tall Tales, uma espécie de contos de fadas sobre sua própria vida: de como ela, uma texana pobre, foi parar em Paris, com apenas US$ 800 que recebera de uma indenização por um acidente de carro, e virou uma estrela.

Imaginem que abacaxi deve ser esse livro - e ainda existe quem fale mal dos álbuns solo de Jagger...

Pelo novo título, especula-se que ela deva receber aproximadamente R$ 1,750 milhão. Nele, ela promete contar detalhes íntimos (e sórdidos, provavelmente) de sua carreira e do casamento de nove anos com Mick, pai de seus filhos Elizabeth, James, Georgia e Gabriel. Jerry conheceu o vocalista dos Rolling Stones quando ainda era noiva do cantor Bryan Ferry, líder do Roxy Music (hum, entendi...).

O casamento dela com Jagger, todos sabem, terminou depois que veio à tona o affair do Stone com a apresentadora brasileira Luciana Gimenez, com quem ele teve um filho, Lucas.

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘God Gave Me Everything’, de Mick Jagger


Muita gente deve ter ridicularizado o fato de Mick Jagger ter lançado uma coletânea de seus trabalhos fora dos Rolling Stones [ver cinco posts abaixo], como se a carreira solo do parceiro de Keith Richards não merecesse o menor crédito.

Bem, verdade seja dita, a despeito de hit aqui e outro acolá, os dois primeiros discos solo dele (She's The Boss, de 1984, e Primitive Cool, de 1987) realmente não são bons. Mas os dois posteriores (Wandering Spirit, de 1993, e Goddess In The Doorway, 2001) são dois álbuns bem decentes. Especialmente o Wandering....

Um exemplo de que Jagger fez coisas interessantes em seus CDs solos é a visceral “God Gave Me Everything” (“Deus me Deu Tudo”). Faixa do supracitado Goddess..., conta com a participação de Lenny Kravitz nas guitarras - ele é também co-autor da canção.

A letra fala de fé - assunto que me interessa -, mas com tamanha vitalidade e entusiasmo, que a narrativa ficou distante daquela coisa piegas que estamos acostumados a ouvir. Confesso que adoro essa música - e não por acaso.



Veja aqui o video de “God Gave Me Everything:

Quanto ao show...


Passados mais de 30 dias, confesso que ainda estou sob o impacto da acachapante apresentação que o Police realizou no Estádio do Maracanã - que contou com a demolidora abertura d'Os Paralamas do Sucesso.

Lembro que, na manhã daquele sábado (08/12), tive que sair e, já no clima, coloquei o Reggatta De Blanc no CD player do carro. Quando tocou “Walking On The Moon” (uma das minhas preferidas), pensei: “Minha nossa. Ainda hoje, estarei ouvindo essa música ao vivo... e tocada por esses caras!”. Demais.

Mas confesso que só acreditei que estava realmente presenciando esse momento quando soaram os primeiros acordes de “Message In A Bottle”. E senti-me muito grato naquele instante.

Tive as minhas expectativas não somente atendidas - mas superadas. Foi um dos maiores espetáculos que já presenciei na minha vida. Seguramente. E olha que já assisti um bocado de shows...

Leia a resenha sobre a apresentação do Police no Maracanã na edição de janeiro do jornal INTERNATIONAL MAGAZINE, que chegará às bancas no final do mês.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

'Greatest Video Hits': onde encontrar

Um dia desses, para minha surpresa, dei de cara com o DVD Greatest Video Hits, ótima compilação de clipes do The Police [ver dois posts abaixo], na banca de jornal que fica precisamente em frente à entrada do Shopping Tijuca (aqui no Rio de Janeiro).

Pelo fato de isso ter coincidido com o período do show (ou seja, há mais ou menos uns 20 dias atrás), não posso assegurar que ainda terá sobrado algum exemplar. Mas, em todo caso - se esse DVD lhe interessa -, acho que não custa nada tentar.

Detalhe: por menos de 15 pratas você leva esse mimo para casa ...

Sérgio Benchimol e seus Ciclos Imaginários


Em seu segundo álbum solo, músico reafirma sua opção pelo instrumental

O músico, compositor (e surfista nas horas vagas) Sérgio Benchimol acaba de editar Ciclos Imaginários (independente), que conta com a participação de músicos experientes como Lui Coimbra e Eduardo Morenlenbaum, entre outros. Ciclos... surge três anos após a sua primeira empreitada solo, A Drop In The Ocean, Ocean In A Drop, que recebeu críticas positivas na ocasião de seu lançamento.

Fundador da banda de rock progressivo Semente - que, além de um álbum de estúdio, editou também uma dobradinha CD/DVD gravados ao vivo no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro -, Benchimol fundou também o grupo instrumental True Illusion, que chegou a lançar dois álbuns (sendo um ao vivo) e um DVD ainda inédito. O True Illusion, aliás, foi considerado a revelação do ano de 2000, no segmento instrumental.

E Ciclos Imaginários é um trabalho autoral que tem tudo para prosseguir a pavimentação da trajetória de Sérgio, que toca violão em todas as faixas. Majoriariamente instrumental - apenas duas canções, “Depois da Praia” e “Daqui Pr'ali” têm letra -, o álbum é um híbrido de música brasileira e jazz, com oportunas pitadas de progressivo. Destaque para “Oregon Mountains”, “Terral II” e os metais em brasa de “Shadow Valley”.

Gravado no Rio de Janeiro e muito bem-produzido pelo próprio Benchimol com a colaboração de David Ganc, Ciclos Imaginários oferece momentos de deleite para quem aprecia a boa música. E merece ser ouvido.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

International Magazine: edição de novembro/2007


Venho, atrasadaço como sempre, trazer os destaques da edição de novembro do jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE, que chegou às bancas no começo de dezembro:


  • entrevista exclusiva com Dani Carlos, que, após vários CDs de covers, acaba de editar o seu primeiro trabalho autoral. Por Marcelo Fróes;

  • outra entrevista exclusiva: com George Israel, saxofonista do Kid Abelha, que está lancando seu segundo disco-solo, Distorções do meu Jardim. Por Elias Nogueira;

  • tudo sobre Remember That Night, o DVD (duplo) ao vivo de David Gilmour, voz e guitarra do Pink Floyd. Por Emílio Pacheco;

  • a crítica de Dylanesque Live, o novo DVD de Bryan Ferry. Por Jorge Albuquerque;

  • o surpreendente álbum Sound of Silver, do LCD Soundsystem. Por J. M. Santiago.

E artigos meus sobre:


  • o DVD Multishow: Cê ao Vivo, de Caetano Veloso:
Aproximadamente um mês após o seu lançamento em CD (contendo 17 faixas), a Universal edita em DVD Multishow: Cê ao Vivo, de Caetano Veloso. Trazendo na íntegra a apresentação realizada no dia 12 de junho desse ano na Fundição Progresso (Rio de Janeiro), o registro audiovisual apresenta 24 músicas. (...)



  • o livro Fora do Tom, autobiografia de Sting:
“(...) Curiosamente, a narrativa se inicia aqui no Rio de Janeiro: em 1987, o músico estava na cidade para os shows da turnê Nothing Like the Sun, que seriam realizados no Estádio do Maracanã. Seria o maior público para qual o ex-Police teria se apresentado até então. E, durante a sua estadia no Rio, ele procurou se informar a respeito do chá ayahuasca, cerne do ritual religioso da seita Santo Daime. Na companhia de sua esposa, a atriz inglesa Trudie Styler, Sting foi levado até uma sessão e ingeriu a beberagem. (...)



  • o DVD Greatest Video Hits, compilação de clipes do The Police:
“(...) Lançado originalmente em 1992, em VHS, Greatest Video Hits somente agora chega - oficialmente - ao formato digital, com sua capa modificada. Apresentando 16 clipes de sucessos, o audiovisual é puro deleite para os admiradores da banda inglesa - mesmo trazendo, rigorosamente, o repertório da coletânea (também em VHS) Every Breathe You Take, de 1986 (as faixas foram, inclusive, dispostas na mesma ordem). O diferencial foi a adição de dois vídeos: os raros “King Of Pain” e “Tea In The Sahara”, ambos gravados ao vivo. Detalhe: mesmo Every Breathe You Take só foi editado em DVD pela primeira vez em 2003. (...)



  • o CD The Very Best of..., coletânea de Mick Jagger:
“(...) Para muitos, pode ser risível a notícia de que o vocalista e líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, lançou uma coletânea com 17 faixas de sua carreira solo, sintomaticamente batizada de The Very Best of... (Warner). Mas a verdade é que a idéia não é tão estapafúrdia assim. (...)



Leia a íntegra dessas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês. Já nas bancas.