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sábado, junho 11, 2011

Ronaldo. Fenômeno.

Quiseram os deuses do futebol que, na mesma semana em Petkovic encerrou sua carreira, Ronaldo Fenômeno [foto] também se despedisse dos gramados. Aos 34 anos, o atacante jogou os 15 minutos finais do primeiro tempo do amistoso do seleção brasileira contra a Romênia, no Pacaembu, na terça-feira, 07 de junho.

Visivelmente fora de forma, Ronaldo, por ironia, não conseguiu marcar seu derradeiro gol com a camisa canarinho — embora tenha tido três grandes oportunidades. Ainda assim, no intervalo de jogo, pelo “conjunto da obra”, foi ovacionado pela multidão presente ao dar a volta olímpica no estádio.

Centroavante habilidoso e de grande “explosão”, Ronaldo Fenômeno disputou quatro Copas do Mundo e ganhou duas — uma como titular (2002) e uma como reserva (1994), aos 17 anos de idade. E tornou-se o maior artilheiro da história das Copas, com 15 gols.

Atuou em grandes clubes da Europa como Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan. Enfrentou lesões gravíssimas e, muitas vezes, foi considerado acabado para o futebol. Mas, desafiando os incrédulos, sempre ressurgia. Como uma fênix.

As recentes mancadas que cometeu não apagam uma trajetória esportiva irrepreensível. Portanto, temos mais é que respeitar esse cara.


Vejam alguns dos melhores momentos da carreira de Ronaldo: dribles desconcertantes e gols, muitos gols.



A despedida do Fenômeno. Em tempo: se algum de vocês — assim como eu — simplesmente não tolera o Galvão Bueno, é só dar “mute” ao executar o vídeo abaixo...

sábado, agosto 28, 2010

Bilhete azul (2): Rogério Lourenço

Rogério Lourenço [no detalhe] não suportou a pressão das arquibancadas e foi demitido ontem do comando técnico do Flamengo. Toninho Barroso – que trabalha nas divisões de base do clube – assume interinamente o cargo.

Quando uma equipe não apresenta um bom desempenho, nem sempre a culpa é do treinador. Contudo, o retrospecto recente de Rogério à frente no Fla não era nada, nada animador.

O rubro-negro tem, atualmente, o segundo pior ataque da competição – superando apenas o Ceará – com 12 gols em 16 jogos. E ocupa o 10º lugar da tabela, 15 pontos (!) atrás do líder Fluminense.

É bem verdade que o time não tinha ataque. Val Baiano ainda não marcou um gol sequer e Leandro Amaral vem de um longo período de inatividade. Somente agora chegaram os dois reforços para o setor ofensivo: Deivid, ex-Fenerbahçe, e Diogo, ex-Olympiakos. Mas, independentemente disso, o Fla vinha jogando de maneira... er, “acanhada”, como se fosse time pequeno.

E convenhamos: isso não é Flamengo.

Enquanto isso, a diretoria do clube se movimenta para encontrar o sucessor de Rogério. Vários nomes já foram citados: Carlos Alberto Parreira, Andrade, Leonardo, Vanderlei Luxemburgo... Espero que o escolhido não seja um dos que foram recentemente defenestrados de outros clubes, como Emerson Leão, Geninho e Antônio Carlos, por exemplo.

E, principalmente, Dunga ou o seu auxiliar, o ex-lateral Jorginho...

terça-feira, julho 20, 2010

A hora e a vez da ‘Fúria’


Não foi exatamente uma surpresa para ninguém que a Espanha [foto], pela primeira vez em sua História, tenha vencido a Copa do Mundo. Afinal, graças à sua melhor geração de jogadores de todos os tempos, a “Fúria” já havia conquistado a Eurocopa de Seleções, há dois anos.

Para o bem do futebol, a vitória espanhola é uma ótima notícia. Em uma Copa de sofrível nível técnico, com muitas “retrancas” – e some-se a isso uma bola que gerou inúmeras reclamações, a famigerada Jabulani –, a Espanha, a despeito de ter perdido a primeira partida, para a fraca Suíça, jogou um futebol ofensivo, vistoso. Cortesia de jogadores talentosos como Iniesta, Xavi, Xabi Alonso e David Villa.

Resumo: a taça está em boas mãos.


***


Apesar do desempenho pífio na África do Sul – apenas um jogador brasileiro, o lateral direito Maicon, foi um dos eleitos no Time do Sonhos da FIFA –, o Brasil, pasmem, ainda tem o que comemorar: a Seleção Canarinho, pentacampeã, só poderá ser alcançada em número de títulos mundiais em 2014.

Isso, é claro, se a Itália – que é tetra – vencer a Copa do Mundo que será realizada no Brasil, daqui a quatro anos.

terça-feira, julho 13, 2010

Nelson Rodrigues e a ‘Pátria de Chuteiras’

Dentre as inúmeras brilhantes frases cunhadas pelo dramaturgo, cronista e jornalista Nelson Rodrigues [foto] (1912 – 1980), existe uma que é particularmente especial para mim: “A Seleção é a Pátria de calções e chuteiras”. Perfeito.

De fato: os onze jogadores perfilados em campo, durante a execução do Hino Nacional, transcendem a esfera meramente esportiva: são a fiel representação da Nação e suas cores. Contudo, não é nenhuma falácia dizer que os cidadãos brasileiros não se sentiram plenamente... er, representados pela Seleção que disputou a Copa do Mundo na África do Sul.

E, em especial, pelo seu comandante.

Nas ruas, o entusiasmo era visivelmente... moderado. Uma parte significativa da população torceu pelo time Canarinho apenas... por torcer. Mas houve também quem se mostrasse indiferente.

E arrisco-me a dizer que alguns até torceram... contra.

Pelo simples fato de que não desejariam vislumbrar a vitória do futebol “de resultado”. Da falta de ousadia. Da “retranca”. E, sobretudo, do destempero e da prepotência. Medíocre enquanto jogador, o técnico conseguiu montar um time exatamente à sua feição. E o futebol brasileiro sempre foi arte – não truculência.

Bem, agora é pensar em 2014. Tomara que tenhamos mais sorte na próxima...

Dunga, o Zangado

Após a derrota para a Holanda, nas quartas-de-final da Copa da África do Sul, Dunga [foto] foi execrado pela imprensa e pela população. Enquanto isso, Maradona foi aclamado pelo povo argentino – apesar da vergonhosa derrota dos hermanos diante da Alemanha, por 4 a 0. Qual a explicação para tratamentos tão distintos? Simples: empatia.

Quando o juiz apitou o final do jogo contra os alemães, Maradona entrou em campo. E, pasmem, além de aplaudir, beijou seus jogadores. Um por um.

Como não admirar um gesto desses?

Em contrapartida, ao término de Holanda x Brasil, o técnico brasileiro simplesmente... virou as costas. E desceu pelo túnel.

Dunga jamais teve a menor preocupação em... er, cativar a torcida ou os jornalistas. Muito pelo contrário: sempre defendeu suas decisões com extrema arrogância. Jamais demonstrou o equilíbrio emocional que o cargo exige. E, obviamente, sabia, desde o primeiro segundo, a pressão que seria exercida sobre ele...

Conclusão: apesar de o Brasil – sabe-se lá como – ter vencido a Copa América e a Copa das Confederações, o comando técnico da Seleção foi um equívoco*.

E a prova está aí.



* Ou será que as pessoas já se esqueceram o “sufoco” durante as Eliminatórias?

Felipe Melo, a ‘invenção’ que não deu certo

O volante Felipe Melo [foto] foi a personagem principal da derrota para o Holanda, que culminou na desclassificação do Brasil na Copa do Mundo.

Atualmente na Juventus, da Itália, Melo foi eleito o pior estrangeiro em atividade no Calcio na temporada 2009/2010. E, ainda assim, era titular da Seleção Brasileira. Vai entender...

Atleta do Flamengo entre 2001 e 2003 – por sinal, poucos se recordam de sua passagem pela Gávea – Felipe Melo, enquanto atuava pela Fiorentina, também da Itália, foi “inventado” como jogador de Seleção.

Como todo o Brasil gostaria de esquecer, Melo fez o gol contra que deu início à reação holandesa. Minutos depois, em um gesto de total descontrole emocional, pisou o apoiador Robben. E, obviamente, foi expulso.

Ainda assim, é necessário dizer: ele não é culpado de nada. A culpa é de quem o convocou e escalou.

O Brasil certamente se supreendeu com a sua belíssima “enfiada” que resultou no gol de Robinho. No entanto, momentos depois, as coisas voltaram aos seus devidos lugares...

Robinho: em ‘terra de cego’, o rei. Das pedaladas

É provável que algumas pessoas tenham discordado da postagem publicada no dia 13 de maio do ano passado, que fala sobre a biografia de Robinho [foto]. Bem, se o atleta ainda não merece uma biografia, subentende-se que – além da questão etária – sua trajetória ainda não... er, endossa um projeto desta natureza, certo? Não há a menor dúvida sobre isso.

Jogando ao lado do meia Diego – atualmente na Juventus, de Turim –, Robinho tornou-se sensação no Santos que conquistou o título brasileiro de 2004. No ano seguinte, transferiu-se para o Real Madrid. Todavia, jamais se firmou no clube espanhol. Tanto que foi oferecido ao Manchester United como “moeda de troca” para a contratação do meia português Cristiano Ronaldo – que, entretanto, acabou não se concretizando naquele momento.

A oferta, porém, fez com que Robinho se sentisse desprestigiado. Furioso, forçou a sua transferência para o Chelsea, da Inglaterra, treinado na ocasião por Luiz Felipe Scolari.

Contudo, o time da capital da espanhola recebeu uma proposta financeiramente mais vantajosa. Sendo assim, Robinho teve – um tanto a contragosto, é bem verdade – o seu passe vendido ao Manchester City, também da Terra da Rainha.

No time de coração dos irmãos Gallagher, do Oasis, Robinho não justificou a expectativa em torno de seu nome. E, por não ser um dos titulares do técnico italiano Roberto Mancini, o atacante brasileiro pediu para ser emprestado ao time da Vila Belmiro – para se manter em atividade e, desta forma, não ficar de fora da Copa do Mundo.

Os prováveis “defensores de Robinho” certamente irão retrucar: “Mas ele foi campeão paulista esse ano!”. Bem, em primeiro lugar: ao seu lado, atuavam os promissores Neymar e Paulo Henrique Ganso. Segundo: “em terra de cego, quem tem um olho, é rei”. Das pedaladas, inclusive. Jogar bem no Brasil é fácil. Na Europa, entretanto, é um outro departamento. Na Copa do Mundo, então, nem se fala.

(Torneio no qual, aliás, ele foi peça nula. Apesar dos gritos ensandecidos de Galvão Bueno...)

Até os dias de hoje, apenas um jogador driblador era, de fato, útil à equipe em que atuava. O nome dele era Mané Garrincha. Os demais – Denílson (ex-Palmeiras e Bétis, da Espanha), Edílson “Capetinha” e o próprio Robinho, entre outros – são apenas “plumas e paetês”...

Galvão Bueno, o ‘torcedor privilegiado’

Durante a entrevista que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, concedeu ao programa Bem, Amigos, do Sportv, Galvão Bueno definiu-se como um “torcedor privilegiado” [confira, por volta dos 02 minutos do vídeo abaixo]. E disse isso com inegável orgulho – quando, na verdade, deveria se envergonhar de tal afirmativa.



Todavia, não é nenhuma novidade que Galvão, sem a menor cerimônia, “chuta para longe” a imparcialidade que deveria caracterizar a sua função de jornalista. E, durante suas narrações, comporta-se, de fato, como um torcedor. E dos mais fanáticos. O que, sem dúvida, irrita a qualquer pessoa dotada de um pingo de bom senso.

(Não foi por acaso que surgiu na internet a campanha “cala a boca, Galvão”. Pena não ter dado certo...)

Como se isso não bastasse, Galvão também tem a mania de querer “fabricar” ídolos. Após a morte de Ayrton Senna, tentou fazer com que Rubens Barrichello ocupasse o lugar do tricampeão mundial de Fórmula 1 no coração dos brasileiros. Até o famoso “Tema da Vitória” era executado nas (raríssimas) vitórias de Barrichello. Mas não adiantou...

Não satisfeito, quis enaltecer Robinho e suas “pedaladas” [leia mais aqui]. Tentou fazer o mesmo com o atacante Luís Fabiano. Contudo, não levou em consideração que, se o “Fabuloso” fosse realmente... er, fabuloso, estaria atuando em um grande clube da Espanha, como o Real Madrid ou Barcelona.

E não – com todo o respeito – no modesto Sevilla.


***


Quem admira tanto o “patriotismo” de Galvão Bueno deve ler a nota publicada no número 02 da revista Gol F.C., de outubro de 2008 [clique na foto para ampliar]:


***


Saiba mais sobre Galvão assistindo a este vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=30lZ9hAjTnM

‘Patriotismo de Copa do Mundo’

Sobre o que classifico como mero “patriotismo de Copa do Mundo”, falei em postagem do dia 07 de outubro do ano passado, quando o Rio de Janeiro foi escolhido como a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Digo mais: no momento em que escrevo estas mal traçadas, as outrora onipresentes bandeiras do Brasil já foram, há muito, arrancadas das residências e automóveis, pela população... er, constrangida com a derrota.

Isso é que é “amor à Pátria”...