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quarta-feira, outubro 12, 2011

Da série ‘Fotos’: Cristo Redentor. 80 anos

Cristo Redentor*. 80 anos. Cartão postal do Rio de Janeiro. Orgulho do Brasil.


* Esta foto foi tirada por mim em junho deste ano.


Veja o vídeo do clássico “Corcovado”, extraído do (magnífico) especial João & Antonio, gravado no Theatro Municipal do Rio em 1992 e exibido pela Rede Globo naquele mesmo ano.

quinta-feira, setembro 15, 2011

Da série ‘Polaroides do Rio’: Confeitaria Cavé


Também conhecida como Casa Cavé, a tradicionalíssima Confeitaria Cavé foi fundada, em 1860, pelo imigrante francês Charles Auguste Cavé, que ficou à frente do negócio até 1922. Portanto, é a mais antiga confeitaria da cidade.

Instalada, a princípio, na esquina da rua Uruguaiana [no detalhe], foi frequentada por figuras ilustres como o Marechal Deodoro da Fonseca, o Barão do Rio Branco, Olavo Bilac, Ruy Barbosa e José do Patrocínio, entre outros. 

Recentemente, transferiu-se para um imóvel vizinho, na rua Sete de Setembro, onde permanece como uma espécie de “elo perdido” entre os desleixados e turbulentos dias atuais e a elegância do Rio Antigo.

Da série ‘Frases’: Chico Buarque

Cidade Maravilhosa, és minha. 
O poente na espinha das suas montanhas
quase arromba a retina de quem vê.


Trecho de “Carioca”, do CD As Cidades, de 1998. Em tempo: a foto que ilustra esta postagem é de autoria de J. C. Couto.



segunda-feira, agosto 29, 2011

Da série ‘Polaroides do Rio’: o acidente no bondinho de Santa Teresa


O acidente no bondinho de Santa Teresa, ocorrido no sábado, 27, indignou-me duplamente. Primeiro, sem dúvida, pelas — até o momento — cinco vítimas fatais e 54 feridos na tragédia. Segundo, pela mancha (de sangue) em um dos mais tradicionais cartões-postais da cidade.

O bondinho funciona há 115 (!) anos. E é até compreensível o seu aspecto “vintage” — que, verdade seja dita, lhe confere um certo... charme, digamos assim. Entretanto, isso não é desculpa para a má conservação e a falta de manutenção do veículo, que visível para todos — tanto usuários quanto moradores do bairro. Some-se a isso a constante superlotação da atração, e temos aí uma “catástrofe anunciada”.

Sendo assim, fica no ar a pergunta: a partir de agora, quem terá coragem de passear naquele bondinho?

Ou será que a omissão das autoridades (in)competentes seria uma forma (desumana) de “justificar” a privatização do bondinho, o que certamente aumentaria o valor do bilhete, dos irrisórios R$ 0,60 atuais, para R$ 36,00 ou R$ 53,00 — preços do ingressos para o Trenzinho do Corcovado e para o bondinho do Pão de Acúçar, respectivamente. Desta forma, teríamos mais um ponto (na acepção da palavra) turístico — que, a exemplo dos dois citados, não estaria ao alcance de todos os cariocas e/ou residentes na cidade... 

É lamentável que o Poder Público esteja entregue a pessoas tão pouco comprometidas com a segurança e o bem-estar da população. A sorte é que todos eles passam. Todos.  

Mas o Rio de Janeiro fica.


Ouça a brilhante versão de João Bosco para “Rio de Janeiro (Isto É o meu Brasil)”, de Ary Barroso:


segunda-feira, maio 17, 2010

Da série ‘Polaroides do Rio’: Arcos da Lapa


Os primeiros estudos para a construção do Aqueduto da Carioca, mais conhecido como Arcos da Lapa [no detalhe] – cuja função era abastecer o Rio de Janeiro com as águas do rio Carioca –, datam de 1602, ainda no tempo das Capitanias Hereditárias. Entretanto, as obras só foram iniciadas em 1706.

Com um design claramente inspirado no Aqueduto das Águas Livres [à direita], de Lisboa, Portugal, os Arcos da Lapa – apelidados desta forma em referência ao bairro boêmio no qual estão situados – foram inaugurados somente em 1750. Foi, do ponto de vista arquitetônico, a obra de maior porte do período Brasil-colônia.

Na segunda metade do século XIX, surgiram outras alternativas para o abastecimento de água da cidade. Sendo assim, a partir de 1896, os arcos passaram a ser utilizados como viaduto dos tradicionais bondinhos do bairro de Santa Teresa – que, aliás, existem até hoje.

Conservados pelo poder público até os dias atuais, os Arcos da Lapa também servem de palco para vários eventos, além de serem um dos mais emblemáticos cartões postais da cidade.


***


No domingo, 09, Caetano Veloso fez a sua estreia como colunista do jornal O Globo. Em seu (interessante) artigo, o artista baiano falou sobre a restauração do Largo da Ordem*, em Curitiba, durante a gestão do então prefeito Jaime Lerner, no início dos anos 70.

E, como não poderia deixar de ser, mencionou as obras realizadas no Pelourinho, Salvador, na década de 1990. E traçou um paralelo entre o bairro soteropolitano e a Lapa, que foi revitalizada recentemente.

O que, imediatamente, remeteu à faixa que Caetano lançou em seu trabalho mais recente, Zii e Zie, intitulada... “Lapa”, que, em determinado trecho, diz: “Pelourinho vezes Rio / é Lapa”. Na coluna, o músico, inclusive, voltou a citar os presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso, a exemplo do que fizera na canção (“Lapa / Lula e FH / Lapa / amo o nosso tempo / em ti”).

Na ocasião do lançamento do CD, Caê, em entrevista, sustentou sua teoria:

— Ter tido Fernando Henrique, e depois Lula, foi um luxo. Ambos saíram “melhores do que a encomenda”...

* Detalhe: o Largo da Ordem também é citado na letra da música.



Ouça “Lapa
:

terça-feira, março 02, 2010

Invasões e combates: a fundação do Rio de Janeiro


Conflitos marcaram os primeiros anos da história da cidade

Ontem, o Rio de Janeiro comemorou 445 anos. A cidade foi fundada no dia 01 de março de 1565 por Estácio de Sá – que se tornou o primeiro governador –, com o intuito de expulsar os franceses, que estavam instalados na Baía de Gunabara há uma década.

O objetivo dos invasores era, através do comércio de pau-brasil, criar aqui a chamada França Antártica. Mas foram expulsos em definitivo dois anos depois.

Um mês após a expulsão, mais precisamente no dia 20 de fevereiro de 1567, Estácio de Sá morreu, devido a uma infecção causada por uma flecha envenenada, que o atingira no rosto durante o combate com os franceses.

Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil – e tio de Estácio –, transferiu, então, o governo do Rio de Janeiro para outro sobrinho: Salvador Correia de Sá.


***


Muitos anos depois, os franceses tentariam invadir novamente o Rio de Janeiro. Primeiro, em 1710, sob o comando do corsário Jean Francois Du Clerc – quando, aliás, foram derrotados. No ano seguinte, contudo, impuseram enorme humilhação à cidade, através do corso do almirante René Duguay-Trouin.

Com 5.400 homens divididos em dezessete navios, a esquadra francesa ocupou e saqueou a cidade, onde permaneceu por dois meses, trazendo pânico aos locais. Após afugentar a população para o interior, Duguay-Troin exigiu o pagamento de um resgate, sob pena de destruir o Rio de Janeiro.

O então governador, Francisco de Castro, acabou pagando com seus próprios recursos parte da quantia exigida, aconselhando o corso a levar todo o ouro e riquezas que conseguisse obter, alegando que a população levara consigo seus pertences de maior valor.

Em 13 de novembro de 1711, as tropas francesas partem do Rio de Janeiro, deixando para trás uma cidade totalmente devastada.
Detalhe: ao contrário dos piratas, os corsários eram autorizados a pilhar navios de outra nação, como uma forma fácil e barata de enfraquecer os inimigos. Além disso, os corsos pagavam cerca de um terço daquilo que saquevam ao tesouro real.


***


E, já que falamos sobre corsários – ainda que, a rigor, a canção nada tenha a ver com o post –, veja o vídeo de “Corsário”, de João Bosco e Aldir Blanc, na interpretação definitiva de Elis Regina:

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

O lado sombrio do Rio de Janeiro


Vocês sabem: este é, majoritariamente, um blog sobre música, com eventuais menções à política, ao futebol, etc. Contudo, não consegui ficar indiferente à reportagem publicada hoje na edição eletrônica do jornal Extra.

O Rio não é apenas a cidade (“maravilhosa”?) do Corcovado e Pão de Açúcar. Não. Lamentavelmente, também é palco de cenas de terror e impunidade.

Detalhe: no ano passado, eu mesmo tive um fuzil apontado na minha direção no exato local que a matéria focaliza. E não era de madrugada: isso ocorreu, pasmem, por volta das 19h. Desesperado, arranquei com o carro, dirigindo abaixado, em alta velocidade, por cerca de 02 km.

Graças a Deus, o cara não atirou simplesmente porque... não quis. Eu poderia muito bem não estar enchendo a paciência de vocês agora...

Leia a (impressionante) matéria do Extra clicando aqui.


* A charge que ilustra este post é de autoria de Clayton, do jornal O Povo de Fortaleza.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Da série ‘Polaroides do Rio’: violência

Ninguém vê onde chegamos: os assassinos estão livres. Nós não estamos.”


(“O Teatro dos Vampiros”, Dado Villa-Lobos – Renato Russo – Marcelo Bonfá, CD V, 1991 )




Uma imagem ainda vale mais do que mil palavras...

quarta-feira, outubro 07, 2009

Rio 2016: a surpresa

Não posso negar: foi com enorme surpresa que recebi a notícia de que o Rio de Janeiro foi a cidade escolhida para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A bem da verdade, todo mundo deve ter ficado surpreso.

Mas ninguém admite...

Afinal, todos sabemos que o Rio é deficitário em aspectos fundamentais para uma competição desse porte, como transporte, hotelaria e, principalmente, segurança. Em praticamente todos os bairros da cidade, para qualquer direção que se olhe, vemos gigantescas “comunidades”, onde pessoas vivem em condições sub-humanas.

E, em contra-partida, Madri, hoje – repito: hoje – já está pronta para as Olímpíadas.

Ora, então por que diabos o Rio foi escolhido?

Bem, é difícil dizer. Provavelmente, há a questão política de a América do Sul jamais ter sediado Jogos Olímpicos. Mas seria ingenuidade ignorar que o lobby de grandes empresas estrangeiras – ávidas para realizar as obras na cidade nos próximos sete anos – pode ter sido decisivo.

Entretanto, jamais saberemos ao certo.


***


De qualquer forma, como carioca, é óbvio que fiquei orgulhoso pela vitória. E espero que o evento traga benefícios para a cidade.

Mas espero também que não passemos vergonha perante o mundo...

Da série ‘Só para constar’: ‘A cidade mais linda do mundo’

Só para constar: mesmo tendo nascido aqui, não tenho a menor paciência com essas pessoas que, repletas de arrogância, afirmam peremptoriamente que o Rio de Janeiro é “a cidade mais linda do mundo”. E sem jamais ter ido a nenhum lugar depois de Saquarema...

(Algo semelhante ocorre em Copas do Mundo: o Brasil é que é o “país do futebol”. O resto é tudo “gringo”. Ninguém sabe jogar bola. Depois, voltam para casa, chorando...)

Na semana passada, repórteres entrevistavam populares antes do anúncio da cidade-sede das Olimpíadas 2016. E todos eram unânimes em dizer: “Que Madri, que nada! O Rio já ganhou!”

Pergunto: e se perdêssemos? Imaginem as caras de tacho...

O Rio é lindo, sim. Ou, pelo menos, a orla da cidade. Mas, ao redor do mundo, existem outras cidades tão bonitas quanto.

E, se “respeito é bom, e a gente gosta”, por que não começar a respeitar os outros?



O Rio de Janeiro “continua lindo”, não é mesmo?

domingo, setembro 13, 2009

Seu Jorge: críticas ao Rio de Janeiro


Lançando o seu novo audiovisual, América Brasil, o DVD, Seu Jorge [foto] concedeu entrevista publicada na última sexta-feira, 11, no Segundo Caderno, d'O Globo. E, morando atualmente em São Paulo, voltou a tecer críticas à cidade do Rio de Janeiro.

— São Paulo me educou. O Rio não te convida à disciplina. Andar de bermuda, sem camisa, chinelo... No Rio, o pouco que eu tinha era bom. A cidade me inspira a pegar o violão, não a fazer um CNPJ — graceja.

E prossegue:

— Viu o Obina [ex-atacante do Flamengo, atualmente no Palmeiras]? Emagreceu, voltou a marcar... A prova taí!

Provavelmente Seu Jorge não é a pessoa mais indicada para fazer esse tipo de comentário, visto que sua música, assumidamente, emula a malandragem carioca da escola de Jorge Ben Jor. E o ex-Farofa Carioca nem carioca é, na verdade – nasceu na Baixada Fluminense.

Mas o que o cantor diz faz sentido. São Paulo é a “ponta” industrial desse país. Entretanto, o Rio de Janeiro possui belezas naturais que Sampa, com todo o respeito, sequer sonha. Só que o “despojamento” do carioca transformou-se, há muito tempo, em esculhambação. As pessoas querem é estar “à vontade”. E a elegância... já era.

Na fila da votação do segundo turno das eleições municipais do ano passado, um sujeito que estava na minha frente trajava bermuda e sandálias Havaianas. Deprimente. Custava vestir um jeans e calçar um tênis pelo menos um dia no ano, infeliz?

A questão da “disciplina”, então, é um capítulo à parte... Embora não se possa generalizar, a população, em sua maioria, não está nem um pouco preocupada em respeitar as leis. E muito menos o próximo. Aqui, ser “íntegro” e “educado” não tem a mínima graça. O cara tem que ser é “malandro” – na pior acepção da palavra. Avançar o sinal vermelho. Ultrapassar em faixa contínua. Fechar o cruzamento. Furar fila.

Sendo assim, tenho que dar a mão à palmatória. E reconhecer que, dessa vez, Seu Jorge não falou bobagem...


***


Ah, sim: antes que algum bairrista de plantão se sinta ofendido e venha dar piti – o que me dará a clara impressão de compactuar com toda essa balbúrdia que aí está –, informo que sou carioca de pai e mãe. E, como tal, acalento o sonho de que esta cidade um dia venha a dar certo.

sexta-feira, junho 19, 2009

Da série ‘Polaroides do Rio’: Largo da Cancela


Inaugurando a série “Polaroides do Rio”, o Largo da Cancela, no bairro de São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Essa foto é de 1940, ainda no tempo do bonde – observem os trilhos e fios do antigo transporte.

Destacada em oval, está a residência onde nasceu, em 1920, o meu avô paterno, já falecido. Por incrível que pareça, permanece praticamente igual. À esquerda, o hotel que existe até os dias de hoje – e com a fachada inalterada.

Deixando de lado a ridícula “teia” de fios do bonde, até que o local era simpático, não? Vejam como está atualmente...



quinta-feira, junho 18, 2009

A demolição do Parque Aquático Julio Delamare (2)


A polêmica demolição Parque Aquático Julio Delamare [no detalhe] continua dando o que falar. Escrevi sobre o assunto no dia 06 de maio, e, felizmente, acabou “reverberando” bastante por aí. Em uma busca sobre o tema no Google, a primeira ocorrência é justamente o post em questão.

E, através dos comentários, chega a informação de que o abaixo-assinado já conta com 4.000 assinaturas (!). Por esse motivo, o pedido contra a demolição do PAJD já foi encaminhado para o Ministério Público.

E o MP – devido ao grande número de denúncias –, já abriu, inclusive, um espaço único de número 11.979 onde podem ser feitas as reivindicações, etc.

Para quem quiser aderir – e a mobilização de todos pode ser decisiva contra essa arbitrariedade –, o pedido encontra-se no 6º Centro de Apoio Operacional (CAO) das Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania, do Consumidor e Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Cultural. O telefone é (21) 2262-1166.