domingo, julho 29, 2007

Antônio Villeroy: Sinal dos Tempos

De tanto ver nas cabines de pontos de ônibus, especialmente no Centro do Rio, cartazes do CD/DVD Antônio Villeroy: Sinal dos Tempos - Ao Vivo, decidi me informar a respeito na web (perceberam a eficácia de uma boa propaganda?).

Trata-se de um compositor gaúcho - que anteriormente assinava como Totonho Villeroy - gravado por nomes como Maria Bethania e Ivan Lins, entre outros. Villeroy, aliás, é autor de vários sucessos de Ana Carolina, como "Garganta", "Una Loca Tempestad" (essa foi registrada pela cantora mineira em bom português) e a tocante "Pra Rua me Levar", todas presentes no repertório - essa última, aliás, em arranjo de cordas de rara beleza. Ana, por sinal, participa do disco (em "Da Laia Do Lama" e "Que se Danem os Nós"), gravado em companhia da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, em Porto Alegre.

O grande João Donato é o convidado na já clássica "A Paz" (parceria deste com o Ministro Gil, célebre na voz de Zizi Possi) e em "Música no Gravador". A cantora Daniela Procópio participa de "Siamo Così".

Villeroy está longe de ser um magnífico intérprete - possui uma voz pequena e algo... feminina. Mas é, inegavelmente, um bom autor e teve a inteligência de conceder uma formatação solene, elegante ao trabalho que, por reunir alguns de seus êxitos, pode significar um passo de suma importância em sua carreira.

No site de Antônio Villeroy, você pode ler o release de imprensa, assinado por ninguém menos que Ruy Castro, e ouvir o álbum inteiro, em streaming.

Acredite: vale a pena.

Fagner: polêmica à vista?

Raimundo Fagner - que está de CD novo, Fortaleza, o 34º de sua carreira - concedeu entrevista à revista Quem dessa semana. E não poupou declarações contundentes: entre outras coisas, falou sobre a própria importância para a música brasileira ("sou a figura mais revolucionária da música do país. Sou tão importante quanto a Bossa Nova, a Tropicália e a Jovem Guarda. (...) Invadi novas áreas, cheguei com canções de boa qualidade, boa poesia e verdade. Fui mais agregador do que a panelinha dos baianos. Aquilo era uma turma. Bethânia só elogia Caetano, que só elogia Gil, que só elogia Gal. E todos eles se odeiam").

O cearense aproveitou também para criticar a visão - equivocada, segundo afirmou - da Rede Globo sobre o país ("Para a Globo, a trilha sonora do Brasil é a bossa nova do Rio. Não há quem agüente! A obra de Tom Jobim é revirada diversas vezes todo ano, em qualquer horário. O Brasil não é o Tom Jobim").

E não fugiu a perguntas sobre sua sexualidade: "Sexo é diferente de amor. É uma coisa livre. Se for para acontecer, que seja assim. Entre homens e mulheres, prefiro mulheres. Mas das boas."

Leia a entrevista completa clicando aqui.

I'm Back!

Depois de um breve-porém-tenebroso inverno (probleminhas de saúde na família - que, graças a Deus, estão sendo contornados), no qual postei nesse blog apenas UMA única vez em quase trinta dias (!), eis-me aqui novamente nessas mal traçadas weblinhas.

E mãos à obra. ;)

terça-feira, julho 03, 2007

International Magazine: edição de junho/2007


Apesar do enorme atraso nesse meu post, a edição de junho do jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE já está nas bancas há pelo menos uns quinze dias. E esses são os destaques desse mês:

  • faixa-a-faixa exclusivo com David Kahne, produtor de Memory Almost Full, novo álbum de Paul McCartney. Por Cláudio Dirani;
  • tudo sobre o aguardado segundo disco dos Kaiser Chiefs. Por J.M. Santiago;
  • os 35 anos do clássico Exile On Main Street, dos Rolling Stones. Por Rodrigo Fernandes;
  • a caixa (contendo três DVDs) Biografitti, de Rita Lee. Por Emílio Pacheco.

E artigos meus sobre:

  • o CD Convida - Volume II, de Erasmo Carlos:
(...) "Exatamente 27 anos depois do cavalo-de-vendas Erasmo Convida, o Tremendão decidiu repetir a dose: convocou nomes ilustres para reler alguns momentos de uma obra simplesmente brilhante. E conseguiu o que provavelmente o que nem todos imaginavam: realizar um disco de duos tão bom quanto o anterior. Na verdade, muitos irão considerá-lo até... melhor." (...)

  • o DVD Ao Vivo, de Jorge Vercilo:
"Quase doze meses após o seu lançamento, Ao Vivo (também editado em CD, pela EMI), o mais recente trabalho do carioca Jorge Vercilo, foi recentemente laureado com o DVD de Ouro. Pelos novos parâmetros adotados pela APPB (Associação Brasileira dos Produtores de Discos), as quase trinta mil cópias vendidas credenciam o músico à premiação. Esse é o seu segundo DVD - o primeiro foi Livre, 2003. No mês passado, Jorge também recebeu o Prêmio Tim, na categoria Melhor Cantor Pop.

"Vercilo é um daqueles típicos casos de artista que tem público cativo - e cada vez mais numeroso - , mas que, por outro lado, não obtém respaldo por parte da crítica "especializada" (sim, com aspas). Mas por que será?
" (...)

  • o CD e DVD Luau MTV, de Nando Reis:
"Menos de doze meses após o seu último trabalho, Sim e Não, Nando Reis, sempre acompanhado de sua banda Os Infernais, coloca no mercado Luau MTV (Universal). O repertório conta com canções do supracitado Sim e Não (como a delicada "Espatódea", "N" e a pop "Sou Dela"), alguns momentos de sua carreira solo ("Quem Vai Dizer Tchau?" e "A Minha Gratidão é uma Pessoa", lançada, na verdade, pelo Jota Quest) e uma inédita, a mediana "Tentei Fugir". "As Coisas Tão Mais Lindas", gravada originalmente por Cássia Eller, recebe, pela primeira vez, registro do autor." (...)

  • o CD The Good, The Bad & The Queen, do The Good, The Bad & The Queen:
"Depois da literal "banda desenhada" [nota: esse é o termo utilizado em Portugal para designar história em quadrinhos] Gorillaz, muita gente esperava de Damon Albarn um novo álbum do Blur. Pois é, não foi dessa vez. O músico britânico optou por recrutar Paul Simenon (sim, esse mesmo: o baixista do Clash), Tony Allen (baterista de Fela Kuti) e o guitarrista Simon Tong (Verve) para pôr em prática o projeto The Good, The Bad & The Queen. O grupo, além de ter tocado na edição desse ano do conceituado Coachella Music Festival, na Califórnia, acaba de editar mundialmente o seu primeiro álbum, epônimo, pela EMI." (...)

  • os CDs 7 Sinais, de Almir Sater; e No Auditório Ibirapuera, de Renato Teixeira:
"Existe um Brasil bem diferente daquele que nós, moradores das grandes capitais, conhecemos - e que muitos, na verdade... nem conhecem. E esse outro Brasil é um lugar onde ainda se ouve a cigarra (e não tiros) anunciando o sol do dia seguinte e onde, pela manhã, o galo ainda canta - assim como os pássaros à tarde. Nesse país diferente, as pessoas não têm tanta pressa, conseguem sorrir, e o mato... ainda cresce.

"E essa terra é cantada com grande propriedade pelos notáveis (e parceiros) Almir Sater e Renato Teixeira, ambos com novos trabalhos:
7 Sinais (Velas) e No Auditório Ibirapuera (Som Livre), respectivamente." (...)


Leia a íntegra dessas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês. Nas bancas.