Mostrando postagens com marcador U2. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador U2. Mostrar todas as postagens

sábado, novembro 22, 2014

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Panamericana’, de Lobão



Parceria sua com o baixista Arnaldo Brandão (ex-A Outra Banda da Terra e Hanoi Hanoi) e o poeta Tavinho Paes, “Panamericana” abre o sexto álbum de estúdio de Lobão, Sob o Sol de Parador, editado em 1989 [no detalhe, a capa].

Na ocasião de seu lançamento, o cantor explicou:

— “Panamericana” fala sobre uma hipotética “República das Bananas” — no caso, Parador —, com 19 perguntas e nenhuma resposta.

De fato, a incisiva letra faz um resumo da (triste) história política da América Latina, enumerando vários de seus movimentos armados: os uruguaios Tupamaros, os argentinos Montoneros, o peruano Sendero Luminoso e os colombianos do 19 de abril (M-19), entre outros. A citação da famosa frase do guerrilheiro Ernesto “Che” Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana, no refrão (“Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”), evidentemente, foi pura ironia...

A síntese de “Panamericana” pode ser encontrada no segundo verso da canção, que questiona a fragilidade das instituições democráticas do continente: “O que é democracia ao sul do Equador?

Curiosidade: as também mencionadas Mães da Praça de Maio, do Chile, haviam sido homenageadas, dois anos antes, pelo U2, em “Mothers Of The Disappeared”, (de The Joshua Tree) e por Sting, em “They Dance Alone” (de ...Nothing Like The Sun).




quarta-feira, fevereiro 05, 2014

‘Invisible’: o novo single do U2


Single digital
Invisible (Universal)
2014



Quem também acaba de lançar música nova é o U2. Um vídeo de “Invisible” — a inédita em questão — com um minuto de duração foi apresentado no último domingo, 02, no intervalo da decisão do Superbowl. No dia seguinte, a banda disponibilizou a faixa para download gratuito no iTunes por 24 horas. 

Como era de se esperar, a vocação humanitária do quarteto se fez presente: a cada cópia baixada, o Bank of America, patrocinador da empreitada, destinava um dólar para a ONG Red, que angaria recursos para combater a aids, a tuberculose e a malária.

Produzida por Danger Mouse — metade da dupla Gnarls “Crazy” Barkley —, “Invisible” apresenta o som “clássico” do U2, com discretos sequenciadores que remetem o ouvinte a Achtung Baby e a Pop, álbuns de 1991 e 1997, respectivamente. A letra, clara e objetiva, fala sobre profundas mudanças internas (“Não vou ser o filho do meu pai”). Sobre... superação. E “renascimento”. 

Contudo, não há informação de que a faixa é uma prévia do novo disco dos irlandeses, ainda sem título, cujo lançamento está agendado para o verão europeu. Em recente entrevista a uma emissora de rádio, o vocalista Bono não escondeu a sua insegurança em relação à “relevância” do grupo nos dias atuais.

O mais recente trabalho de inéditas do U2, o razoável No Line On The Horizon, foi lançado em 2009.



Veja o vídeo oficial de “Invisible:


quinta-feira, setembro 27, 2012

Da série ‘Frases’: Bono





So where is the hope?
And where is the faith?
And the love?



Nas perguntas contidas nos versos da belíssima “If God Will Send His Angels”, do álbum Pop [1997], Bono detecta três dos mais graves problemas do planeta. Reflitam: boa parte dos demais — a violência, por exemplo — é decorrente da ausência destes fatores. 

A faixa integrou a trilha sonora do filme Cidade dos Anjos [1998], a versão hollywoodiana de Asas do Desejo, do alemão Win Wenders.  



***



Curiosamente, as três palavras citadas pelo vocalista do U2 (“fé”, “esperança” e “amor”) são mencionadas no último versículo do Capítulo 13 da Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios — sem dúvida, um dos mais fantásticos textos da história da Humanidade. Em 2010, Cid Moreira o declamou — de modo estupendo, diga-se de passagem — no programa Altas Horas. E emocionou a todos. Vale a pena clicar aqui e assistir. 

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘One’, do U2




Voltando ao U2 — mencionado recentemente aqui e aqui: muito provavelmente a melhor e mais pungente canção de toda a trajetória do quarteto irlandês não é outra senão... “One”. 

Faixa do (ótimo) Achtung Baby [1991] [no detalhe, a capa], a letra de “One” retrata, inicialmente, um casal “discutindo a relação”, expondo suas diferenças (“Somos um / mas não somos iguais”) e fragilidades (“Um amor / uma vida / é o que alguém precisa / à noite”), utilizando, eventualmente, frases... contundentes (“Veio aqui para ressuscitar os mortos? / Veio aqui dar uma de Jesus / para os ‘leprosos’ da sua mente?”). Mas sem chegar a um consenso em momento algum.

E, surpreendentemente, se transforma em um libelo pelo Amor Universal (“Uma vida / uns com os outros / irmãs / irmãos”). Resumindo: um hino. Não é fácil imaginar que tipo de inspiração possa ter acometido um ser humano — a ponto de levá-lo a compor uma canção de tamanha intensidade.

Em seu sétimo álbum, The Breakthrough [2005], Mary J. Blige regravou a faixa, na companhia do próprio U2. Se algum de vocês não ouviu a releitura da cantora americana, não é necessário perder tempo. Algumas canções deveriam ser “tombadas” em suas versões originais. É justamente o caso da (definitiva) gravação de “One” cometida pelo U2.




Veja o vídeo de “One”, na versão do cineasta e fotógrafo holandês Anton Corbijn:





E veja também a versão da (não me canso de dizer) indescritível turnê 360º, precedida por um tocante depoimento de Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz em 1984. Nas entrelinhas, o arcebispo sul-africano destaca a nobilíssima atuação da One Campaign, organização não-governamental — da qual Bono é membro e cofundador — que visa angariar fundos e medicamentos para nações em situação de pobreza extrema:  


segunda-feira, setembro 10, 2012

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘I Still Haven't Found What I'm Looking For’, do U2




Sobre o U2 — mencionado na penúltima postagem: não é segredo para ninguém que Bono, vocalista da banda irlandesa, é um sujeito de fé. Aliás, várias canções do quarteto falam do assunto: “Gloria”, de October [1981], “40” — inspirada no salmo de mesmo número — de War [1983] e a delicada “Grace”, de All That You Can't Leave Behind [2000], entre outras.

Mas nenhuma é tão direta — e tão tocante — quanto “I Still Haven't Found What I'm Looking For”, faixa do clássico The Joshua Tree* [1987] [no detalhe, a capa]. Os versos falam da trajetória humana e suas atribulações — que, não raro, ensejam a busca de... um alento espiritual, digamos assim (“Escalei as montanhas mais altas, / corri através dos campos / só para estar ao Seu lado. / Corri, rastejei, / escalei os muros desta cidade / só para estar ao Seu lado”).

O refrão, entretanto, retrata, com absoluta franqueza, que a “saga” — ou seja, a procura por respostas... nunca tem fim. 



* Curiosidade, The Joshua Tree (“a árvore de Josué”) é uma planta bastante comum no Deserto do Mojave. E recebeu esse nome dada a sua semelhança com uma pessoa com as mãos para o alto, como se estivesse rezando.




No VHS — posteriormente lançado em DVD — Rattle And Hum [1988], The Edge, guitarrista do U2, revelou que, embora muitas pessoas próximas comentassem, ele tinha dúvidas se “I Still Haven't Found What I'm Looking For” era realmente uma canção gospel. E só ficou convencido disso quando recebeu de sua gravadora, a Island Records, uma fita com uma versão de “I Still Haven't Found...” cantada pelo The New Voices Of The Freedom Choir. A gravação fez com que o U2 procurasse o coral para que gravassem a canção juntos. Um dos ensaios, realizados em uma igreja do Harlem, ficou registrado no DVD. E pode ser visto/ouvido no vídeo abaixo:





Já a (igualmente emocionante) versão definitiva do U2 com o New Voices foi gravada ao vivo, no Madison Square Garden. Mas aparece apenas na versão CD de Rattle And Hum:





Veja também a versão que integrou o roteiro da monumental 360º, a mais lucrativa turnê da história da música pop. No final, para uma plateia embevecida, Bono canta alguns versos de uma antiga canção imortalizada na versão de John Lennon. Não, não vou estragar a surpresa


sexta-feira, setembro 07, 2012

Cinco anos sem Luciano Pavarotti




O mais famoso dos chamados Três Tenores — os demais são Plácido Domingo e José Carrera, Luciano Pavarotti [no detalhe] eternizou-se por ter popularizado mundialmente a ópera.

Cinco anos após o seu desaparecimento — vítima de câncer no pâncreas, aos 71 anos, em Módena, sua cidade natal , relembremos Pavarotti com quatro colaborações suas com astros do pop mundial.




Em abril de 1998, Pavarotti e Roberto Carlos cantaram juntos “Ave Maria”, de Schubert, uma das mais tocantes melodias que existem. Ao lado do tenor, o Rei, com sua humildade habitual, comentou: “É um privilégio e um atrevimento, mas logicamente uma concessão maravilhosa de Luciano Pavarotti... me deixar cantar uma canção com ele”. Detalhe: próximo do final da canção, o italiano estende a mão para tocar a de RC:





Com Elton John, Pavarotti gravou a belíssima “Live Like Horses”. Reza a lenda que, ao olhar as duas rotundas figuras nas capas do single, Elton, com sua língua ferina, não perdeu a oportunidade de fazer piada, se utilizando do título da canção: “‘Vivem como cavalos’? Comem como cavalos!





“Panis Angelicus” é um cântico católico antiquíssimo, em latim (!), que Luciano Pavarotti regravou, em 1992, em dueto com... Sting. A resenha publicada, à época, no Jornal do Brasil criticou duramente o ex-Police, pela sua “inaptidão para o canto lírico”. Bobagem. Sting é um cantor popular. E a sua coragem, por si só, justifica a empreitada:





E, last but not leastPavarotti registrou, na companhia dos Passengers — leia-se: o projeto Original Soundtracks, de 1995, realizado pelo U2 em parceria com o produtor Brian Eno —, “Miss Sarajevo”. Quatro anos depois, a canção recebeu uma versão de George Michael:


sexta-feira, junho 17, 2011

‘Every Teardrop Is a Waterfall’: o novo single do Coldplay


Após vários teasers postados na sua página do Twitter, o Coldplay [foto] finalmente editou, no dia 03 de junho, o seu novo single. “Every Teardrop Is a Waterfall” [no detalhe, a capa], contudo, está disponível apenas para download digital.

A banda atribuiu o lançamento da canção aos “festivais de verão” dos quais participará este ano — e isso, obviamente, inclui o Rock In Rio, que será realizado em setembro. No entanto, não há nenhuma confirmação de que a faixa fará parte do sucessor de seu mais recente álbum de inéditas, Viva La Vida or Death And All His Friends (2008) — disparado, o melhor título da discografia do quarteto. 

As informações mais recentes davam conta de que o novo CD do grupo, ainda sem título, está sendo pilotado por Brian Eno e Marcos Dravs, a mesma dupla que produziu o supracitado Viva La Vida. E, segundo o vocalista Chris Martin, será “mais acústico” do que o trabalho anterior.

O esteta Brian Eno, ex-Roxy Music, produziu também seis álbuns do U2 — com destaque para os três que revolucionaram o som de Bono & cia.: The Unforgettable Fire (1984), The Joshua Tree (1987) e Acthung Baby (1991). Eno também é o criador das chamadas Estratégias Oblíquas, uma série de cartas publicadas em 1975, com o intuito de auxiliar a sair de “becos sem sáida”, bloqueios criativos, etc.

O próprio Coldplay confessou ter usado estas cartas durante as gravações de Viva la Vida.


***


Logo após “Every Teardrop Is a Waterfall” ter sido lançada, o Coldplay foi acusado de ter plagiado a melodia de “Ritmo de la Noche”, do grupo belga Mystic, de 1990.

A banda se defendeu afirmando que tem permissão para usar a melodia de “I Go to Rio”, de Adrienne Anderson e Peter Allen — e gravada por este, em 1976. E o porta-voz do quarteto lembra que, em seu site oficial, há a informação de que “‘Every Teardrop Is a Waterfall’ contém elementos de ‘I Go to Rio’”. 

E a supracitada “Ritmo de la Noche” foi inspirada justamente em... “I Go to Rio”.

Ironicamente, esta é a segunda vez que o Coldplay recebe esse tipo de acusação: a primeira foi quando o guitarrista Joe Satriani processou a banda por plágio da sua “If I Could Fly”, de 2004, justamente em... “Viva La Vida”, a canção. Entretanto, as partes chegaram a um acordo extrajudicial — que jamais foi divulgado — e a ação foi encerrada.




Leia também:






Veja o vídeo de “Every Teardrop Is a Waterfall:

 

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Da série São Bonitas as Canções: ‘New Year's Day’, do U2


Faixa de War (1983), o terceiro álbum do U2 [acima], a pungente “New Year's Day” é, sem dúvida, um dos maiores clássicos da banda irlandesa. E arrebata plateias até os dias de hoje.

A princípio, a intenção de Bono era compor uma canção de amor. Contudo, a letra foi adquirindo uma conotação política e tornou-se uma homenagem ao movimento Solidariedade, liderado pelo sindicalista Lech Wałęsa [no detalhe]. Em 1990, Wałęsa tornou-se o primeiro presidente eleito da Polônia, após a derrocada do comunismo. Antes disso, em 1983, ganhou o prêmio Nobel da Paz.

Curiosidade: foi justamente de um verso de “New Year's Day” que o U2 batizou o seu primeiro disco ao vivo, Under A Blood Red Sky (“Sob um Céu Vermelho-sangue”), de 1984.


***


E esta canção é a minha mensagem de Ano Novo para todas as pessoas que visitam este espaço e, mesmo silenciosamente, demonstram interesse pelo que escrevo.

Agradeço, sincera e humildemente, pela atenção e pelo respeito de cada um de vocês. Um 2011 de muita saúde e paz para todos.



quinta-feira, setembro 30, 2010

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘They Dance Alone (Cueca Solo)’, de Sting


They Dance Alone”, lançada por Sting em 1987, homenageia as mães das vítimas da ditadura do general chileno Augusto Pinochet. São as chamadas “mães dos desaparecidos”.

Em manifestações públicas, elas dançam, em sinal de protesto, o Cueca – uma dança típica daquele país – com as fotos de seus maridos, filhos e irmãos desaparecidos. Exatamente como a letra descreve. Não por acaso, o subtítulo da canção, inclusive, é “Cueca Solo”.

Coincidentemente, naquele mesmo ano, o U2 também gravou uma canção sobre o tema: “Mother of the Disappeared”, do clássico The Joshua Tree.

A letra de “They Dance Alone” chega a citar nominalmente Pinochet. E pragueja: “One day we'll dance on their graves...” Provavelmente imaginando atos desses tipo, a família do ditador preferiu cremá-lo...

A gravação, do segundo álbum solo de Sting, ...Nothing Like The Sun, conta com a participação de dois figurões: Eric Clapton e Mark “Dire Straits” Knopfler, ambos em discretos violões de nylon.

Aproveito o ensejo para reiterar o meu asco por todo e qualquer regime totalitário.



Sting - They Dance Alone (Cueca Solo)
Carregado por zocomoro. - Buscar outros videos de Musica.

quinta-feira, março 05, 2009

‘Viva La Vida’: a música de 2008

Tenho plena consciência de que um post retrospectivo como este deveria ter sido escrito, no máximo, até o último dia de janeiro.

Todavia, devemos considerar - com algum cinismo, reconheço - que, por causa da porcaria do Carnaval, fevereiro é um mês “morto”. Sendo assim, esse post está atrasado apenas uns... er, cinco dias...




O quarto álbum do Coldplay [no detalhe], Viva La Vida Or Death And All His Friends, coincidentemente (ou não), foi produzido pelo mesmo Brian Eno, ex-Roxy Music, que produziu o quarto álbum do U2, The Unforgettable Fire. E, se The Unforgettable Fire representou um divisor de águas na carreira da banda irlandesa, a mesma importância pode ser aplicada a Viva La Vida na trajetória do grupo de Chris Martin.


A ousadia do Coldplay já começou no projeto gráfico [à direita], que reproduzia A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix. O fato de retratar a Revolução Francesa na capa do disco tinha um propósito claro: o quarteto ambicionava revolucionar a si próprio.

Contudo, parte do êxito da empreitada deve ser creditado ao esteta Eno, cujos arranjos alargaram os horizontes do Coldplay para muito além das baladinhas-ao-piano que os tornaram famosos.

Entretanto, apesar de bons momentos como “Lost!”, “Cemeteries Of London”, “42” e “Violet Hill”, nenhuma outra faixa do álbum revelou-se tão contundente quanto “Viva La Vida”, meio-título do disco.

Em um tom épico, Chris Martin canta uma belíssima letra que se utiliza de metáforas medievais para falar de... desilusão. A despeito das chamadas “verbas promocionais” das gravadoras – leia-se “jabá” -, a canção arrebatou FMs em todo o planeta. Há muito tempo o dial não era habitado por algo tão... substancial.

Não por acaso, “Viva La Vida” foi agraciada na edição 2009 do Grammy, na categoria “Música do Ano”. Ironicamente, perdeu no quesito “Gravação do Ano” para a bela “Please Read The Letter”, da dupla Robert Plant e Alison Krauss. Mas não importa. De fato e de direito, “Viva La Vida” foi a melhor música de 2008.



Saiba mais sobre “Viva La Vida” aqui.

domingo, agosto 24, 2008

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Viva La Vida’, do Coldplay


Considerando a atual pasmaceira das FMs, é um alento quando ligamos o rádio e constatamos o sucesso de uma canção verdadeiramente boa. Refiro-me a “Viva La Vida”, que integra Viva La Vida Or Death And All His Friends, quarto álbum do Coldplay. A faixa está estourada – e, até onde sei, não somente aqui no Brasil. E com toda a justiça.

A influência do U2, que jamais foi negada pela banda, é perceptível até mesmo no registro vocal de Chris Martin. Mas, colocando isso de lado, o arranjo – cortesia de Brian Eno, que produziu o disco – de “Viva La Vida” é excelente. E a letra, então...

Os versos se assemelham a um conto medieval, com imagens muito bem engendradas. Contudo, um olhar mais atento logo percebe que Martin se utilizou dessas metáforas para falar de abandono e desilusão (“Quando você se foi...”).


Confira o original da letra...


Viva la Vida
(Berryman/Buckland/Champion/Martin)

I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word.
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own.

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes.
Listen as the crowd would sing:
"Now the old king is dead! Long live the king!"

One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand.

I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing.
Be my mirror, my sword and shield
My missionary in a foreign field.
For some reason I can't explain
Once you'd gone there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world.

It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become.

Revolutionaries wait
For my head on a silver plate.
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?

I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing.
Be my mirror my sword and shield
My missionary in a foreign field.
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name.
Never an honest word...

But that was when I ruled the world.


...e a sua respectiva tradução:




Viva La Vida
(Tradução)

Eu costumava reger o mundo
Mares se agitavam ao meu comando.
Agora, pela manhã, me arrasto sozinho
Varrendo as ruas em que costumava mandar.

Eu costumava jogar os dados -
Sentia o medo no olhos dos meus inimigos.
Ouvia como o povo cantava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"

Por um minuto, segurei a chave
Próximo as paredes que se fechavam pra mim.
E percebi que meu castelo estava erguido
Sobre pilares de sal e pilares de areia.

Ouço os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da Cavalaria Romana cantando.
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Minha missionária em uma terra estrangeira.
Por um motivo que eu não sei explicar
Quando você se foi, não havia
Não havia uma palavra honesta -
Era assim, quando eu regia o mundo.

Foi o terrível e selvagem vento
Que derrubou as portas para que eu entrasse.
Janelas destruídas e o som de tambores
O povo não poderia acreditar no que me tornei.

Revolucionários esperam
Pela minha cabeça em uma bandeja de prata.
Apenas uma marionete em uma solitária corda -
Ah, quem realmente ia querer ser rei?

Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da Cavalaria Romana cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Minha missionária em uma terra estrangeira.

Por um motivo que eu não sei explicar
Sei que São Pedro não chamará meu nome.
Nunca uma palavra honesta...

Mas isso era quando eu regia o mundo.