...foram-me particularmente marcantes. São eles:
“E me dou conta, talvez pela primeira vez, que o amor nunca é desperdiçado. O amor pode ser negado ou ignorado, ou até deturpado, mas ele não desaparece: apenas troca de forma, até que estejamos conscientemente prontos a aceitar seu mistério e poder. Isso pode levar um momento ou uma eternidade, e não há insignificâncias na eternidade.”
“Talvez seja a escassez de vocabulário a raiz do problema. 'Amor' parece uma palavra tão profundamente inadequada para um conceito com tantos matizes, formas e graus de intensidade complexos. Se os inuítes [nota do blog: esquimós] têm vinte palavras para o conceito de neve, talvez seja porque vivem num lugar onde as diferenças entre cada tipo de neve são de vital importância para eles, e as minúcias de seu vocabulário específico refletem essa importância central. No entanto nós, que despendemos enormes quantidades de nosso tempo, energia e engenhosidade pensando no amor, sendo amados, amando, desejando amar, vivendo por amor, até mesmo morrendo por amor, não contamos com nada além dessa palavra pobre e problemática que é tão descritiva ou eficaz quanto a palavra 'trepada' para expressar as maravilhosas e infinitas variedades do ato sexual. É mais ou menos como um habitante da cidade olhando para a floresta e estupidamente grunhindo a palavra 'árvores' para a múltipla diversidade diante de si. Há plantas ali que podem alimentá-lo, plantas que podem curá-lo e plantas que podem matá-lo, e quanto antes ele identificá-las e lhes dar nomes, mais seguro estará.”