Um dos pontos altos da apresentação de Stevie Wonder [acima, em foto do portal Terra] no Rock In Rio foi quando o artista convidou a sua filha, Aisha Morris — que inspirou, em 1976, a gema pop “Isn't She Lovely?” — para cantar “Garota de Ipanema”. Um momento antológico.
Mas não apenas pelo fato de Wonder estar tocando uma canção de Antonio Carlos Jobim [à direita] — ou seja, um gênio “se debruçando” sobre a obra de outro. Não.
A versão de SW para “Garota de Ipanema” entrou para a história pelos minutos em que a toda a magia da música do Maestro Soberano se fez ecoar na Cidade do Rock, na voz dos jovens que, “regidos” por Wonder. cantaram o clássico de Tom & Vinicius a plenos pulmões.
No entanto, estes mesmos jovens talvez não saibam de cor mais cinco — não mais: apenas cinco — canções do autor de “Wave”. Lamentavelmente. A (monumental) obra de Antonio Carlos Jobim — que, em um mundo ideal, deveria ser tão emblemática para o nosso povo quanto o Corcovado ou o Pão de Açúcar — ainda está para ser descoberta.
Quem sabe um dia?