sábado, dezembro 10, 2011

SuperHeavy: Mick Jagger em boa companhia



CD
SuperHeavy (Universal Music)
2011

Novo projeto do líder dos Rolling Stones é marcado pela colaboração e pela diversidade de estilos


Em seus quatro discos solo — She's The Boss [1984], Primitive Cool [1987], Wandering Spirit [1993] e Goddess in The Doorway [2001] —, Mick Jagger sempre se cercou de gente boa: Bono Vox (U2), Pete Townshend (The Who), Jeff Beck, Lenny Kravitz, o baixista Flea (Red Hot Chili Peppers) e o produtor Rick Rubin, entre outros. Em sua nova empreitada, não poderia ser diferente.

O líder dos Rolling Stones juntou-se à cantora Joss Stone, ao guitarrista Dave Stewart (ex-Eurythmics), a Damien “Jr. Gong” Marley (sim, o filho do “homem”) e ao produtor de trilhas de cinema A. R. Rahman, no projeto que atende pelo (pouco criativo) nome de SuperHeavy, que lança o seu primeiro CD, epônimo. Ainda que esteja de longe de ser “super pesado”, trata-se de um supergrupo — entenderam agora?

E, com todo o respeito aos demais, a grande verdade é que a presença de Jagger traz visibilidade extra ao trabalho.

Vamos ao que interessa: SuperHeavy, o álbum, é bom? Digamos que seja... mediano. Há algumas faixas palatáveis como “Rock Me Gently”, “One Day One Night”, “Never Gonna Change” e o pop rock “Energy”. Mas, no geral, nenhuma das demais faixas empolga tanto quando o reggae “Miracle Worker”, o primeiro single. Entretanto, o disco tem um trunfo: a diversidade de estilos. A segunda faixa de trabalho, inclusive, é cantada — graças ao indiano Rahman, autor da canção —, em sânscrito, o idioma das escrituras sagradas hindus: “Satyameva Jayathe”, que significa “a verdade triunfa sozinha”. 

Moral da história: bilionário e dono de uma das patentes mais famosas do pop, Mick Jagger — mesmo sem ter realizado um grande disco — ainda busca, fora da formatação sonora mais do que “cristalizada” dos Rollling Stones, o simples prazer de fazer música, por si só.

Ponto para ele.



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