Sejamos francos: canções em homenagens às mães, em sua maioria, soam... óbvias — desprovidas da poesia que a maior referência na vida de cada um de nós mereceria. Exceção feita — além de “Lady Laura”, de Roberto & Erasmo, e “Let It Be”, dos Beatles — a “Mãe”, composta por Caetano Veloso que, curiosamente, jamais a registrou.
Gravada por Gal Costa no álbum Água Viva, de 1978, a letra de “Mãe” — repleta de imagens caleidoscópicas — detecta, com precisão cirúrgica, uma grande verdade: não importa o que um homem tenha se tornado ao longo de sua vida. Não importa.
Diante de sua mãe, ele será sempre... um menino. E jamais deixará de ser amado por ela.