A perda humana é, sem dúvida alguma, o aspecto mais doloroso do súbito e trágico desaparecimento de Eduardo Campos. Afinal, o candidato à presidência pelo PSB era um homem de 49 anos recém-completados, pai de cinco filhos — sendo um de apenas seis meses. Contudo, a lacuna política também é algo a se lamentar.
Governador reeleito de Pernambuco com mais de 80% de aprovação, Campos despontava como uma figura respeitada e extremamente promissora — em especial, na região Nordeste. Com cerca de 10% de intenções de voto nas eleições presidenciais desse ano, provavelmente não chegaria ao segundo turno. Entretanto, com a visibilidade nacional que a atual candidatura lhe proporcionaria, o neto de Miguel Arraes certamente seria um nome fortíssimo para o pleito de 2018.
Por tudo isso, é natural que familiares, amigos, correligionários, eleitores e até opositores estejam chocados com a sua precoce saída de cena. A vida pública brasileira fica (ainda mais) empobrecida sem ele.