No dia 07 de dezembro — somente agora os vídeos foram disponibilizados na web —, Sting foi um dos agraciados com o Prêmio Kennedy 2014 pelo conjunto de sua obra.
Nada mais justo: gostem alguns ou não, trata-se de um dos mais brilhantes compositores populares do século XX, autor de pérolas como “Every Breath You Take”, “Fields Of Gold” e “Roxanne”, entre outras. Bom melodista e exímio letrista, não ganhou 16 Grammy Awards à toa.
Como de praxe, algumas canções do homenageado foram interpretadas por outros artistas em um pocket show, que sempre conta com a presença do presidente dos Estados Unidos e sua primeira dama. Os demais laureados dessa edição foram o ator Tom Hanks, a comediante Lily Tomlin, a bailarina Patricia McBride e o “reverendo” da soul music Al Green.
Lady GaGa — que, certa vez, em pleno palco, classificou Sting como “uma de suas pessoas favoritas no mundo” — abriu os trabalhos. Acompanhada por uma banda afiada, cantou a suingada “If I Ever Lose My Faith In You”. E nem mesmo os exageros vocais da cantora comprometeram a sua (boa) releitura:
Em seguida, Esperanza Spalding e Herbie Hancock tocaram “Fragile”, uma das canções de Sting com notável influência da sonoridade brasileira:
Na sequência, Bruce “O Cara” Springsteen retribuiu a (excelente) participação de Sting no Prêmio Kennedy de 2009, quando foi um dos homenageados. E simplesmente “quebrou tudo” em uma versão antológica do country “I Hung My Head”. Em um determinado momento, o autor, no camarote, fechou os olhos tentar para conter a emoção. Após um lancinante solo de guitarra de “The Boss”, um coral gospel adentra o palco, coroando uma performance para ver e rever várias e várias vezes:
O grand finale ficou sob a responsabilidade de Bruno Mars — o mesmo que, na cerimônia do Grammy de 2013 conseguiu a façanha de colocar Sting para cantar uma canção sua (!). E o jovem não fez feio no medley que reuniu dois dos maiores sucessos do Police: “So Lonely” e “Message In A Bottle”. É bem verdade que Sting assistiu a apresentação inteira com os olhos marejados. Mas o momento de maior emoção para o baixista foi quando, para sua surpresa, todo o elenco de The Last Ship, seu primeiro musical na Broadway, entrou em cena para o encerramento: