O ex-presidente - hoje senador eleito pelo estado de Alagoas - FERNANDO COLLOR DE MELLO voltou à mídia com força total.
A revista Istoé dessa semana apresenta extensa matéria de capa com Collor, onde ele recorda o seu calvário e, recém-empossado, revela a sua expectativa e seus planos para o primeiro mandato no Senado Federal:
"É uma sensação muito positiva. Volto à vida pública conduzido pelo voto popular e sempre tive interesse em participar do Senado, uma Casa de pessoas mais experimentadas, de pessoas mais vividas no mister da política, e para onde também costumam ir ex-presidentes da República. Não trago nenhum sentimento subalterno de vendetta, mágoa, ressentimento. Ultrapassei uma fase penosa, dura, mas de muita experiência acumulada."
Já o portal G1 traz uma esclarecedora entrevista com o ex-presidente, onde ele anuncia que, em seu primeiro discurso na Casa, em março, irá dar "a sua versão" dos fatos que culminaram em seu impeachment, em 1992.
"Será fundamentalmente a versão de quem viveu os fatos que levaram a meu afastamento da presidência em 92. Todos já deram suas versões, livros foram escritos, teses foram defendidas em universidades, artigos reproduzidos. Cada um dando sua versão. Não há ainda a versão de quem viveu o fato - ou seja, a minha. Ainda não foi dada essa oportunidade à Nação brasileira. Agora, eleito senador, acho que chegou a hora da preencher essa lacuna. E será uma versão absolutamente fidedigna dos fatos. O juízo ficará a cargo de quem tiver a curiosidade de ouvir, assistir ou de ler."
Collor afirma que seu discurso será "rico em detalhes":
"Dia, hora, minuto, segundo, nomes, fatos concretos. Eu tenho um livro escrito de 640 páginas, que não pretendo publicar tão cedo. Algo que escrevi num momento de muita emoção, logo após minha absolvição no Supremo Tribunal Federal, em 94. É um livro importante porque ali estão colocadas as emoções de quem esteve submetido àquele moedor. Carreguei bastante nas tintas. Não distorci os fatos, mas carreguei na adjetivação, coisa que aprendi que, no Jornalismo, devemos evitar."
Aqui estão os links que conduzem diretamente às duas reportagens: a da Istoé; e do G1.