
A cadeia britânica de fast food anunciou a promoção de um chesseburger duplo, acompanhado de fritas e refrigerante, da seguinte forma (numa tradução livre): “Não é necessário comprar uma passagem só de ida para o Rio. Você sentirá como se estivesse nos roubando”, numa alusão clara a Ronald Biggs*.
Bem, esse “patriotismo” barato da parte de quem se indignou com a propaganda é lamentável. O que a cidade nos enche de orgulho, com suas incomparáveis belezas naturais, nos envergonha na mesma proporção. Essa é a realidade.
Os relatos de turistas assaltados – ou, pior, mortos – no Rio pulverizam-se pelo mundo afora. E arranham a imagem da antiga Capital Federal. Sem contar as chocantes imagens de troca de tiros entre policiais e traficantes. Ou vocês acham que essas notícias não chegam ao exterior?
Achar que o Rio continua sendo a “Cidade Maravilhosa”, e fechar os olhos para as suas (inúmeras) mazelas, é querer tapar o sol com a peneira. Simples assim.
* Para quem não se lembra, o folclórico Biggs roubou o trem pagador inglês e fugiu para o Rio de Janeiro, onde viveu tranquilamente durante 31 anos como uma espécie de... er, “atração turística”. É mole?