O elenco está, como se diz em linguagem boleira, “rachado”. E quando isso ocorre, as coisas não costumam funcionar dentro de campo. Até os garotos da escolinha de futebol devem saber disso.
Um exemplo claro da desunião entre os jogadores ocorreu durante o Carnaval. O meia sérvio Petkovic insistiu para que o time treinasse na parte da manhã. Recebeu de um companheiro – diga-se de passagem, um zagueiro absolutamente medíocre – a seguinte resposta:
– Olha, Pet, quando você encerrar a carreira – o que não está muito longe de acontecer [nota: Petkovic tem 38 anos de idade] –, e virar técnico, você manda o seu time treinar de manhã, certo? Nós vamos treinar à tarde.
E além da desunião, existem também os problemas disciplinares – por sinal, desde a “era Romário”, a Diretoria do Flamengo se caracteriza pela postura “permissiva” diante de seus atletas. Todos sabem que, atualmente, Fulano, Beltrano e Baiano desfrutam de certos... er, privilégios. E a pergunta é: que benefício isso tem trazido para o clube?
Isso sem contar o inacreditável pedido de dispensa – de dois (!) jogos – para “esfriar a cabeça” na Região dos Lagos, depois de ter saído no tapa com a namorada dentro da favela. Ah, faça-me o favor. Cadê o profissionalismo?
Já imaginaram se todos os trabalhadores desse país que passam por turbulências pessoais pedissem uma folga nos seus respectivos empregos?
E ainda quer ir para a Copa do Mundo desse jeito? E é bem provável que acabe indo – afinal, nem sempre a Seleção é convocada por critérios exclusivamente técnicos...
* No detalhe, a Hadrian's Wall – que recebeu este nome em homenagem ao Imperador Romano que determinou a sua construção –, situada ao norte da Inglaterra, aproximadamente na fronteira com a Escócia.