A primeira vez em que ouvi falar de Frank Miller [ver dois posts abaixo] foi quando a fantástica Saga de Elektra, do Demolidor - criada pelo estilo único do argumentista e desenhista americano - chegou às bancas brasileiras, através da Editora Abril. O ano era 1986.
A partir de então, acompanhei vários trabalhos - sempre excepcionais - de Miller: o clássico Cavaleiro das Trevas (que retrata Batman, aos 50 anos de idade, revogando a sua “aposentadoria” e retomando o combate ao crime); Batman: Ano Um (que reconta a origem do Homem-Morcego, com desenhos de David Mazzuchelli) e muitas outras. Daí o meu espanto em ver que, atualmente, o principal referencial de Frank Miller é a graphic novel Sin City [foto].
Pois é. Isso até que eu assistisse a adaptação para o cinema (de 2005), co-dirigida pelo próprio Miller, em parceria com Robert Rodriguez e tendo como diretor convidado ninguém menos que Quentin Tarantino. Com grande elenco (Bruce Willis, Jessica Alba, Rutger Hauer e um atuação irrepreensível de - quem diria - Mickey “9 e 1/2 Semanas de Amor” Rourke), Sin City tem uma bela fotografia noir e consegue equilibrar doses generosas de violência com pitadas do mais puro humor (negro).
Após ver Sin City é que entendi por que Miller, hoje em dia, é tão reconhecido por esse trabalho. Gostei tanto da película que, aí sim, fui procurar a revista. Portanto, recomendo o filme (sei que nem todos se interessarão pela versão em quadrinhos) - mas não para pessoas fenfíveis.
Depois não vá dizer que não avisei, OK?