Domingo de sol. Por volta das 16h. Depois de quilômetros de trânsito fluido na Via Dutra – apesar do tráfego intenso –, chego em um ponto de retenção. Acidente ou obra na pista – ainda não é possível saber.
Minutos passam e os carros permanecem praticamente parados. Até onde consigo enxergar, trata-se de um engarrafamento de... quilômetros.
Nisso, alguns motoristas menos pacientes começam a trafegar pelo acostamento. Entre eles, uma pick-up preta, que passa por mim em uma velocidade considerável. Mesmo assim, consigo ver as letras brancas, garrafais, impressas no vidro traseiro do veículo: “Tudo posso em Jesus”.
Silenciosamente, concluí:
— É, “tudo pode” mesmo. Até trafegar pelo acostamento...