Podemos classificar o velório de Michael Jackson – realizado na semana passada no ginásio Staples Center, Los Angeles, onde o cantor fez seu último ensaio para a turnê This Is It – como uma espécie de “missa de corpo presente sem cunho religioso”.
(Ainda que o caixão tenha entrado no local ao som de um coral gospel, e Lionel Richie, um dos artistas convidados, tenha cantado “Jesus Is Love”.)
Renato Russo provavelmente definiria o “velório-show” de MJ como uma “festa estranha com gente esquisita”: segundo a revista americana US Magazine, a maioria dos participantes não conhecia – ou pouca afinidade tinha com – o cantor.
Brooke Shields, por exemplo: a atriz de A Lagoa Azul, com todo aquele chororô no palco, não via Jackson desde 1991 (!), no casamento de Elizabeth Taylor. E o que dizer sobre o reverendo Al Sharpton, que riu durante uma discussão sobre raça com Michael Jackson em 2008?
O mesmo vale para quase todos os artistas que participaram da cerimônia: Mariah Carey (que, aliás, desafinou direto), Queen Latifah, Usher – nenhum desses era amigo pessoal do Rei do Pop.
Aliás, ironicamente, os amigos mais próximos de MJ – como o produtor Quincy Jones, a supracitada Elizabeth Taylor (que afirmou não querer se juntar a um “circo público”), o reverendo Jesse Jackson (desafeto de Joe Jackson, pai de Michael) e o ator Macaulay Culkin, entre outros – não comparecem ao funeral. Até mesmo Diana Ross, sua“madrinha artística” esteve ausente.
E, para tornar tudo ainda mais lamentável: no momento em que escrevo essas mal traçadas, Michael Jackson ainda não foi enterrado: o corpo permanece congelado em uma cripta de propriedade de Berry Gordy, fundador da Motown, à espera do resultado da autópsia – que, por sinal, foi adiado em mais duas semanas, sem que os legistas informassem o motivo.
Ou seja, nem morto ele tem sossego.
***
Para não dizer que nada se salvou, podemos destacar as atuações de John Mayer, de Jenniffer Hudson [saiba mais aqui] e, claro, de Stevie Wonder.
Mayer – apesar de nunca ter conhecido Jackson pessoalmente – tocou uma bela versão instrumental de “Human Nature”. Já Stevie Wonder, visivelmente emocionado (“Esse é um momento que nunca desejei estar vivo para presenciar”, disse ele, com a voz embargada), cantou, sozinho ao piano, um medley de “I Never Dreamed You'd Leave In Summer” e “They Won't Go When I Go”.
Veja “Human Nature”, com John Mayer:
E também o medley de “I Never Dreamed You'd Leave In Summer” e “They Won't Go When I Go”, com Stevie Wonder:
(Ainda que o caixão tenha entrado no local ao som de um coral gospel, e Lionel Richie, um dos artistas convidados, tenha cantado “Jesus Is Love”.)
Renato Russo provavelmente definiria o “velório-show” de MJ como uma “festa estranha com gente esquisita”: segundo a revista americana US Magazine, a maioria dos participantes não conhecia – ou pouca afinidade tinha com – o cantor.
Brooke Shields, por exemplo: a atriz de A Lagoa Azul, com todo aquele chororô no palco, não via Jackson desde 1991 (!), no casamento de Elizabeth Taylor. E o que dizer sobre o reverendo Al Sharpton, que riu durante uma discussão sobre raça com Michael Jackson em 2008?
O mesmo vale para quase todos os artistas que participaram da cerimônia: Mariah Carey (que, aliás, desafinou direto), Queen Latifah, Usher – nenhum desses era amigo pessoal do Rei do Pop.
Aliás, ironicamente, os amigos mais próximos de MJ – como o produtor Quincy Jones, a supracitada Elizabeth Taylor (que afirmou não querer se juntar a um “circo público”), o reverendo Jesse Jackson (desafeto de Joe Jackson, pai de Michael) e o ator Macaulay Culkin, entre outros – não comparecem ao funeral. Até mesmo Diana Ross, sua“madrinha artística” esteve ausente.
E, para tornar tudo ainda mais lamentável: no momento em que escrevo essas mal traçadas, Michael Jackson ainda não foi enterrado: o corpo permanece congelado em uma cripta de propriedade de Berry Gordy, fundador da Motown, à espera do resultado da autópsia – que, por sinal, foi adiado em mais duas semanas, sem que os legistas informassem o motivo.
Ou seja, nem morto ele tem sossego.
***
Para não dizer que nada se salvou, podemos destacar as atuações de John Mayer, de Jenniffer Hudson [saiba mais aqui] e, claro, de Stevie Wonder.
Mayer – apesar de nunca ter conhecido Jackson pessoalmente – tocou uma bela versão instrumental de “Human Nature”. Já Stevie Wonder, visivelmente emocionado (“Esse é um momento que nunca desejei estar vivo para presenciar”, disse ele, com a voz embargada), cantou, sozinho ao piano, um medley de “I Never Dreamed You'd Leave In Summer” e “They Won't Go When I Go”.
Veja “Human Nature”, com John Mayer:
E também o medley de “I Never Dreamed You'd Leave In Summer” e “They Won't Go When I Go”, com Stevie Wonder: