(“Lulu Santos: a velha paixão pelo samba”)

Na minha modesta opinião, dentro da seara pop, não tem para ninguém: ele é simplesmente o cara. Se Guilherme Arantes foi o precursor da linguagem pop na música brasileira, certamente Lulu foi o artista que melhor soube formatá-la e inserí-la no nosso contexto.
Existem, pelo menos, uns quinze hits dele que entrariam, fácil, fácil, na nossa série “São Bonitas as Canções”. E com certeza entrarão - no... digamos, decorrer do período.
Isso, sem falar as inúmeras canções obscuras – muitas delas belíssimas – presentes no cancioneiro do músico carioca. Várias, por sinal, foram resgatadas no projeto Dudu Sanchez [saiba mais aqui], que, infelizmente, não teve registro oficial.
Uma destas “pérolas perdidas” é o bolero havaiano “Tudo”, do álbum O Ritmo do Momento, de 1983, que também trazia “Um Certo Alguém”, “Adivinha o Quê?”, “Esse Brilho em teu Olhar” e o seu cartão-de-visitas, “Como uma Onda (Zen-Surfismo)”.
Detalhe: este, ainda no bom e velho vinil, foi o segundo disco que ganhei da vida. Ou, pelo menos, o segundo que eu, em tenra idade, quis ter. O primeiro foi Vôo de Coração*, do Ritchie, que foi lançado naquele mesmo ano.
* “Vôo” com circunflexo, sim, ora. Ainda não havia Acordo Ortográfico naquela época...