Impossível mencionar Diogo Nogueira sem lembrar de seu pai, o saudoso João Nogueira [no detalhe].
Desaparecido em junho de 2000, aos 58 anos, João fez parte da ala de compositores da Portela, sua escola de coração. Anos depois, integrou os dissidentes que fundaram a Tradição. Em mais de quatro décadas de carreira, deixou 18 discos gravados e inúmeros sucessos como “Clube do Samba”, “Nó na Madeira” e “O Poder da Criação”, entre outros.
Para relembrar o saudoso sambista, um retrato sonoro fiel da malandragem — na melhor acepção da palavra — carioca: o hilário chorinho “Baile no Elite” (“Tomei minha Brahma / levantei, tirei a dama / e iniciei meu bailado / no puladinho e no cruzado. / Até Trajano e Mário Jorge, que são caras que não fogem / foram embora humilhados: / eu estava mesmo endiabrado...”).
Faixa do álbum Vida Boêmia, de 1978, “Baile no Elite” foi composta por João Nogueira em parceria com Nei Lopes e cita, em sua (espirituosa) letra, Jamelão, a Orquestra Tabajara e... Nelson Motta.