quarta-feira, outubro 22, 2008

‘Amoroso’ (1977)

Por falar em João Gilberto: uma ótima sugestão para se ouvir o “baiano bossa nova” – além, claro, de seu primeiro álbum, o (olha o clichê) seminal Chega de Saudade, de 1959 – é Amoroso [no detalhe], de 1977.

Produzido pelo maestro alemão Claus Ogerman – que, diga-se de passagem, caprichou nos arranjos -, Amoroso é fundamental para se compreender a abrangência da “invenção” de João. O músico transita com naturalidade tanto pela tradição brasileira, na versão impecável do delicioso samba “Tim-tim por Tim-tim”, quanto por clássicos do cancioneiro internacional como “Besame Mucho”, a italiana “Estate” e “'S Wonderful”, de Ira e George Gershwin.

Antônio Carlos Jobim está presente, como autor, em nada menos do que quatro das oito faixas do disco: “Caminhos Cruzados”, “Retrato em Branco e Preto (Zíngaro)”, “Triste” e “Wave”. Esta última, na modesta opinião deste que vos escreve, provavelmente em sua versão definitiva.

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