(Um exemplo desse subaproveitamento é “Amor de Índio”. Composta por Beto Guedes e Ronaldo Bastos, essa faixa possui – na minha modesta opinão – uma das mais brilhantes letras já escritas no Brasil, repleta de imagens belíssimas. E que, de um modo geral, os ouvintes, creio, não desvendaram por completo. Qualquer hora, falarei melhor sobre ela aqui no blog.)
Foi essa “desatenção” que me motivou a criar a série “São Bonitas as Canções”: para destacar, em determinadas músicas, alguns aspectos – não somente a letra – que podem ter passado desapercebidos pelo grande público. Basicamente isso.
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Batizada inicialmente de “Canções”, a série teve o seu nome apropriadamente alterado para “São Bonitas as Canções” esse ano. A frase saiu dos versos de “Choro Bandido”, de Edu Lobo e Chico Buarque [no detalhe].
Apresentando uma estupenda letra de Chico sobre caprichada melodia de Edu, “Choro Bandido” é, sem dúvida, uma das mais felizes parcerias da dupla. Tenho por essa canção um apreço todo especial.
Veja a versão de Chico Buarque e Antônio Carlos Jobim para “Choro Bandido”. Observe, no vídeo, o humor ferino de Jobim...